Veja também: "Aventura - A Trilha do Salto de Itiquira"
Acordei
hoje sentindo músculo que eu nem sabia que existia. Tá TUDO doído! Tô
literalmente moído!!! Mas MOÍDO de uma forma que há muito tempo eu não me
sentia!!!
Qual a
causa?! Uma aventura na Trilha do Indaiá.
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A Trilha do Indaiá, a uns 75km do centro de Brasília |
Se você
é daqui de Brasília, provavelmente já visitou o Salto do Itiquira, na cidade de
Formosa, GO. Uma queda belíssima de 168m de altura. Visitar Itiquira por baixo
é fichinha. Você vai por asfalto até um baita estacionamento, início de uma
trilha pavimentada de 15 minutos até o poço, que fica na base da cachoeira.
Duro
mesmo, principalmente para alguém que está fora de forma como eu, é fazer a
Trilha do Indaiá!
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Cachoeira bem no início da trilha |
Dê uma
olhada no mapa acima e imagine você mesmo o quanto se caminha até chegar à parte
de cima do Salto do Itiquira. Tem cerca de 4km de trilha, mas pelo tamanho da
língua que fui deixando pelo meio do caminho, foi para mim uma maratona e
meia!!!
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Primeira cachoeira e travessia do rio |
A
trilha começa perto da fonte onde a água mineral Indaiá é captada. Dali até a
beirada do rio é uma bela descida. E como todos sabemos que a água de um rio
corre por gravidade, a trilha até o Salto de Itiquira é morro abaixo. Ou
melhor, morro abaixo, morro acima, morro abaixo, morro acima... Afinal, a
trilha segue o relevo existente e tem um desnível de quase 200m. Imaginou um
prédio de 70 andares? Pois é quase isso!
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A paisagem é belissima! |
Cara, haja
perna, uma vez que a trilha (como toda boa trilha) não é nem um pouquinho
ergométrica! Mas vale a pena o sacrifício, pois a beleza das corredeiras e
cachoeiras é sensacional!
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Segunda cachoeira |
Antes
da esticada final até a beira do Salto do Itiquira, fizemos uma merecida parada
em um poço, onde tomamos um belo banho de rio e comemos para repor as energias
gastas no percurso.
Repor?!
Bem, acho que meu estômago esqueceu-se de avisar pras minhas pobres pernas, que
havia um reforço energético. As coitadas já estavam prá lá de Bagdá!
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Visão frontal do Salto do Itiquira |
Ignorei
as dores e segui em frente. A visão que se tem do alto da queda é
impressionante. Tudo é como formiguinha lá em baixo. Se alguém escorregar e cair,
certamente vai ter tempo bastante para bater asas e aprender a voar!
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Flor do cerrado - Turnera sp. |
Mas de
cachoeira mesmo não se vê absolutamente NADA! Solução? “Simples”! Basta
caminhar mais um quilômetro de trilha, subindo mais uns 30 metros, para depois
descer outros 80 metros (informações tiradas do Google Earth!), para curtir a
estonteante visão frontal do Salto do Itiquira...
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Flor do cerrado - Pavonia sp. |
Isso, é
claro, depois de uns 15 minutos encostado em uma árvore, tentando recuperar o
fôlego, uma vez que o meu pulmão tinha ficado pelo meio do caminho.
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Flor do cerrado - Cambessedesia cf. hilariana |
Você tá
rindo da minha desgraça?! Pois lembre-se que esse foi o caminho de IDA!!! Ainda
estava faltando o caminho e volta! Ou seja, o infeliz aqui ainda tinha que
percorrer 5km de trilha, vencendo o desnível de quase 300m morro acima. Ou
melhor: morro acima, morro abaixo, morro acima, morro...
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Flor do cerrado - Eriosema sp.
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Juro
que tive vontade de pedir resgate via helicóptero, mas não tinha sinal no meu
celular da TIM (Aaaaarghhh!!). Deu vontade de soltar um PUTAQUISPARIU, mas a
garganta seca e a absoluta falta de um pulmão me impediu de fazê-lo!
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Flor do cerrado - Dalechampia caperonioides |
O jeito
foi ditar o ritmo da volta dentro das forças que ainda restavam. Aproveitei
para ir tirando fotos das belas flores do cerrado que encontrava pelo caminho.
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Flor do cerrado - Microlicia sp. |
Ah,
você pensa que foi só eu que abriu o bico? Nananinaná! Veja o estado que ficou
a minha botina Timberland!
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Era uma vez uma botina Timberland... JÁ ERA!!! |
Cheguei
no estacionamento feito um zumbi, no limite da exaustão. Se não tive um
piripaco pelo caminho, certamente não terei um tão cedo!
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Flor do cerrado - não identificada. Alguma Malvacea (Pavonia ou Peltaea) |
Apesar
do sacrifício, a aventura valeu a pena e rendeu boas fotos! Mas não me candidato
para outra aventura desse naipe tão cedo!
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Flor do cerrado - Rhynchospora sp. |
PS1: Ô
Dorival, chiar da caminhada até o Delicate Arch, no Arches National Park, EUA,
é reclamar de barriga cheia! Encarar 2km de trilha e 100m de desnível é pinto
perto da Trilha do Indaiá!!! Eu era feliz e não sabia! Kkkkkk
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Flor do cerrado - não identificada. Alguma Amaranthaceae |
PS2:
Resumo do dia – dois sanduíches, 1/3 de pacote de biscoito Negresco, meia
laranja, 1 maçã... e mais de QUATRO litros de água!!! E ainda perdi dois
quilos!!
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Flor do cerrado - Palicourea rigida |
PS3: o meu muito obrigado ao amigo Bruno Walter, pesquisador da Embrapa, pela identificação das fotos das flores!
Legal Edu, tava afim de pegar um praceio assim. Pra fazer a trilha precisa de guia, como faço pra fazer esse percurso?
ResponderExcluirNão tenho experiência nessa trilha. Foi a primeira vez que fiz. Por outro lado, meu irmão curte essa trilha tem mais de 20 anos. Não acho que precise de guia. Mande uma mensagem pelo meu e-mail e vejo o que posso fazer.
ResponderExcluirMe senti exatamente igual a você quando fiz essa trilha há uns dois anos, mas com um agravante: sem água e comida! Foi sensacional, quer voltar lá ainda este mês!!
ResponderExcluirMto legal o seu relato Edu! Rendeu-me boas risadas e ao mesmo tempo fiquei instigada! Mari que surpresa vc por aqui... demorou, vamos combinar :-)
ExcluirWoow tat waas strange. I just wrote an incredibly long comment but after I clicked submit my comment didn't show up.
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ExcluirNessa trilha tem como fazer ela de bike?
ResponderExcluirTem como fazer essa trilha de bike?
ResponderExcluirNão sou nenhum especialista em bike, mas acredito que não. Pelo menos boa parte dela teria que ser feita com a bike nas costas, pois as trilhas são muito estreitas e irregulares!
ExcluirComentário inserido em 11/3/14 por Domingos Braga
ResponderExcluirBoa tarde, Edu!
Se você com esta forma toda se cansou, imagine o velhinho aqui.
Com agravante de 3 maços de cigarro por dia.
Me cansei só de ler... KKK
Parabéns pela companhia de amigos tão interessantes e cultos.
É, de vez em quando eu faço uma estripulias dessas.
ExcluirAgora em junho passado, viajei de carro até o Oeste para fotografar. Mais de 8000 milhas de carro... sozinho! Cheguei a pegar 52º centígrados no Vale da Morte e fiz uma trilha a 3000m de altitude na Bristlecone Pine Forest onde cuspi meu pulmão pelo meio do caminho. kkk
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRindo até 2025 do seu relato... muito bom!!! kkkkkkk
ResponderExcluirFiz essa trilha quando era novinha, mas acredito que hoje, fora de forma e sem preparo físico, peça arrego na metade do caminho, ou bem antes disso rs.
Rindo até 2025 do seu relato... muito bom!!! kkkkkkk
ResponderExcluirFiz essa trilha quando era novinha, mas acredito que hoje, fora de forma e sem preparo físico, peça arrego na metade do caminho, ou bem antes disso rs.
Excelente Edu. Marcamos pra fazer essa trilha dia 27 Mai. Sua descrição foi de grande valia. Obridaduuu!!!
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