Veja também o outro posts da série “Aventura”: "Um zumbi na Trilha do Indaiá (Salto do Itiquira)" e “As cavernas do PETER”
O
Parque Estadual de Terra Ronca faz parte da região geológica cárstica (terreno formado pela corrosão de rochas calcárias,
caracterizado por leitos subterrâneos, cavernas, dolinas, grutas etc.) denominada
Grupo Bambuí, que engloba os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Tocantins.
Boa parte do parque fica nas fraldas da Serra Geral de Goiás, maciço que
separa o estado de Goiás da Bahia.
Terra Ronca faz parte dessa imensa mancha cinza entre Minas e Goiás |
A
primeira caverna do PETER que visitamos foi a Lapa do Angélica! Não, não
escrevi errado, não! Se chama Lapa DO
Angélica, uma vez que se refere ao Rio Angélica, que passa por dentro da
caverna.
Bem
perto da caverna víamos morros com amontoados de blocos rochosos calcários
nas cores cinza-chumbo. Recortadas por milhões de anos pela ação do vento e da
água, essas rochas formam blocos intrigantes e imponentes.
Boca de entrada da Lapa do Angélica |
O
que não contávamos foi com a presença de uma enorme cobra caninana que,
placidamente, cruzou a trilha bem na frente da Mary. A caninana não é venenosa,
mas é uma cobra, o que é mais que suficiente para abalar as pernas da Mary.
Pronto, o dia dela já tinha ido pro espaço! A Mary não tem medo de cobra. Tem
PAVOR! E um pavor tão insano que mesmo minhoca dá medo nela!
Entrando na caverna |
Mas
voltemos para a Lapa do Angélica que é pra lá de linda, repleta de formações
calcáreas. Com 14,1km de galerias (e não de extensão como muitos dizem),
Angélica é a quarta maior gruta do país. A maior caverna brasileira igualmente
se encontra no PETER. É a de São Mateus, com 21km de galerias!
Salão das cortinas |
Localizada em
local de fácil acesso e devido à facilidade do passeio no interior, talvez
seja a caverna mais popular da região. A boca de entrada é lindíssima, principalmente
se observada na contraluz. Logo na entrada há um grande salão de areia que
forma uma praia, circundada pelo calmo rio Angélica, que logo desaparece na
escuridão.
Entre
suas principais atrações está o espetacular Salão dos Espelhos. É um ponto baixo
da caverna onde o rio ressurge formando um calmo lago. A luz das lanternas
refletidas na água age como belíssimos espelhos, multiplicando as diversas
formações calcárias.
Salão dos Espelhos |
No
Salão das Fontes, também conhecido como Salão dos Canudos, o teto está coberto
de tubos cilíndricos dos mais diversos tamanhos.
Salão das Fontes também conhecido como Salão dos Canudos |
Terminamos
o nosso passeio no grande e belíssimo Salão das Cortinas, ricamente decorado por
estalactites e estalagmites.
Salão das Corinas |
Depois
de muitas fotos e parada para um revigorante lanche, apagamos a luz de todas as
lanternas e fomos brindados com um show de luzes, onde diversos espeleotemas
eram iluminados por nossos guias.
Salão das Cortinas |
Para
finalizar, fomos convidados a fazer o mais completo silêncio para, na escuridão
total, termos um momento de meditação e ouvirmos os “sons da caverna”.
Salão das Cortinas |
Silêncio
completo! Ouvia-se o calmo gotejar vindo do teto quando... PUM!
Um
sonoro, estridente e incógnito PUM ecoa no ar. Para nossa sorte, o dito PUM foi igualmente inodoro!
A risadaria que se seguiu acabou,
por completo, com qualquer clima para uma meditação!
Auto retrato - adoro essa foto!!!! |
Postado por Raimundo Duarte em 26/4/2013
ResponderExcluirCaro Edu,
Gosto muito do seu blog. Me divirto, tem informações uteis e... muito bem escrito. Parabéns por este trabalho (desculpe a palavra) com que vc nos brinda! Muitas vezes não falo nada porque os textos e informações são “redondinhas” e, nada a acrescentar!
Grande abraço e obrigado!
Raimundo.