Veja também os outros posts da série “Na estrada”: “Sinais de Trânsito” e “Controle de velocidade”.
Bons
tempos os atuais onde podemos usar o GPS em nossas viagens. Quando comprei o
meu Garmin, ele veio também com os mapas das estradas dos EUA, Europa e
Mercosul. E funcionou maravilhosamente tanto nos “Steites”, como na nossa
viagem a Portugal e Espanha. Funcionou tão bem que acabou sendo elevada à
categoria de companheira de viagem e ganhando um nome: Rachel!
Só
na nossa viagem ao Chile é que ela rateou e cometeu um montão de erros. Também,
se o mapa não é preciso, a Rachel não consegue fazer milagres.
Rachel - a simpática porquinha de bronze do Pikes Place Market, de Seattle, que deu nome ao nosso GPS |
Mas
quem tem um pouco mais de quilometragem lembra bem do tempo do mapa. Aquilo sim
era dureza!!
Para
quem gosta de esporte motor, como eu, ver uma prova do Campeonato Mundial de
Rali (WRC) é algo muito mais emocionante que as sonolentas procissões das
corridas da Fórmula 1.
Não, não é Photoshop!!! |
Imagine
um carro de rua que pode atingir 290 km/h e que necessita de apenas quatro
segundos para sair da imobilidade e atingir 100 km/h. Agora coloque
esse carro fazendo manobras incríveis em alta velocidade em estreitas estradas
de terra, muitas vezes cobertas de gelo.
Algo
inimaginável para meros mortais como nós!!! Clique aqui e veja um clipe de como é essa loucura!
A mais de 200km/h numa estrada congelada! |
Um
piloto de rali de velocidade tem que ter 110% de concentração na pilotagem e
não pode nem sequer pensar se a próxima curva é para direita ou para esquerda!
A manobra que ele tem que fazer é cantada pelo seu anjo da guarda, o navegador, que fica o tempo todo lendo
os detalhes do percurso a ser percorrido. Qualquer erro do piloto induzirá a
erros do navegador e vice-versa.
O
“casamento” entre piloto e navegador tem que ser perfeito e a confiança mútua mais
que absoluta.
Navegador e piloto, um casamento perfeito |
Guardadas
as devidas proporções, quando se aluga um carro no exterior, sem GPS, existe
sempre um piloto e um navegador. Não há santo que consiga fazer as duas tarefas
simultaneamente, pois não dá para dirigir e olhar no mapa ao mesmo tempo. É
como querer assobiar e comer farofa! Simplesmente impossível!
Assim,
nada melhor que dividir, entre marido e mulher, essas duas tarefas para que a viagem seja mais tranquila, mais
rápida e menos estressante!
Pode
até ser mais rápida, mas daí a ser mais tranquila e menos estressante... Isso é
apenas uma figura de retórica, porque também pode ser a forma mais rápida de se
acabar com um casamento estável e de longa data.
Ler um mapa não é para qualquer um!!! |
Tente
colocar um marido de pavio curto no volante e sua esposa, que nunca usou um
mapa rodoviário na vida, mas que também tem personalidade forte, juntos em uma
estrada do interior de qualquer país da Europa e veja o resultado. Antes do
final do primeiro dia de viagem ambos já estarão se estapeando a cada
quilômetro rodado.
Briga no carro - duvido que não tenha passado por isso!!! |
Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra!
Postado por Sérgio Schenkel em 19/04/2013:
ResponderExcluirGrande Edu!
Você em toda a razão.
Corri alguns anos de rallye e experimentei as duas coisas: pilotei e naveguei. Cara, ser navegador não é moleza! Pilotar fica fácil... bem, nem tanto assim.
Os "pegas" entre navegador/piloto ocorrem com frequência, mas pode ter certeza que para o piloto é sempre melhor confiar no navegador... desde que você já o conheça.
Em viagens sempre confio na minha mulher como navegadora. Mesmo porque não tenho saco para GPS. Viajar "nas antigas" é bem mais divertido. No mais, quando se pára à noite para dormir sempre é hora de reconciliar e dar boas risadas com um bom vinho!
Grande abraço!
Sergio
Concordo, mas já passamos por cada aperto que nem te conto! Aguarde os próximos posts desta série!!
ResponderExcluirPostado por Cezar Aidar em 21/4/2013
ResponderExcluirGrande Edu!
Olha, essa invenção do GPS salvou milhares de lares!