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Conta a lenda que em tempos remotos, um estranho foi responsabilizado e condenado à morte por uma série de crimes em Barcelos. Por mais que jurasse inocência, foi levado à forca.
Antes que fosse enforcado, pediu que fosse levado à presença do juiz, que fazia sua refeição, comendo um galo ASSADO. O condenado disse ao juiz, “é tão certo que sou inocente e como é certo que este galo cantará na hora do meu enforcamento”. É óbvio que todos riram. Mas assim ocorreu! O galo assado cantou e o condenado se livrou da forca, retornando anos depois para erguer um monumento a São Tiago e à Virgem.
O Galo de Barcelos é hoje o símbolo mais representativo de Portugal.
E foi em Barcelos que tomamos conhecimento de uma triste exportação de “serviços” do Brasil para Portugal: o flanelinha!!! Felizmente, por aqui, eles ainda não desenvolveram toda a técnica de coerção que os nossos flanelinhas exercem sobre nós, mas nada que um intercâmbio cultural não resolva!
A foto aí de baixo é da igreja matriz, em estilo românico, construída no século 14.
A próxima parada foi em Bom Jesus do Monte. O “monte” a que se refere, é o monte calvário. Como a igreja foi construída no cucuruto de um morro de 116m, o calvário aqui é subir os 581 degraus desde lá de baixo até o topo.
Como o jeitinho brasileiro tem a sua versão portuguesa, eles fizeram um elevador para os que não têm vocação para Jesus.
Tem também a versão light de penitência e você pega a escadaria pela metade, exatamente a parte mais interessante e fotogênica. Optamos por essa!
As escadarias são divididas em três setores, adornados com fontes e estátuas. Olha uma estátua daqui,molha a cabeça numa fonte dali, uma paradinha para uma foto que ninguém é de ferro e uma meia hora depois você está lá em cima. A foto abaixo é da fonte da audição.
Brincadeiras à parte, Bom Jesus do Monte é o monumento arquitetônico mais impressionante que vimos até o momento em Portugal, superando em beleza e em conservação outros considerados como as 7 Maravilhas de Portugal, muitos deles em completo estado de abandono.
Braga surpreendeu por saber modernizar uma cidade antiga com parque, jardins e fontes.
Por outro lado, não dá para acreditar portugueses que trabalhavam como garçons ao lado desse belo castelo medieval não souberam dizer o que era, Pois saiba que é o antigo Paço Arquiepiscopal, hoje uma biblioteca.
Dali fomos para o Castelo de Guimarães, considerado uma das 7 Maravilhas de Portugal. É o local de nascimento de Afonso Henriques, em 1111, primeiro rei e um dos pilares da história do país. Tá legal que nós brasileiros não somos nenhum primor na proteção dos nossos monumentos, mas depois de ver que os 12 Tesouros da Espanha, assim como os demais finalistas são realmente tratados como TESOUROS de uma nação, esperava bem mais que um local onde falta o mínimo de cuidado para algo que é um patrimônio nacional.
Fechamos o dia no Porto. Jogamos as malas no hotel, pegamos um ônibus e fomos passear na Ribeira.
Jantamos no restaurante Dom Tonho, altamente recomendado e que cumpriu com as expectativas. Mary deu mais um passo adiante e conseguiu comer uma salada de bacalhau com grão de bico. Fui de Bacalhau à Julio Fonseca. Um filé de bacalhau cozido no azeite, com batatas ao murro e brócolis!
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