quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Miami: Pega ladrão!!!


Veja também os outros posts da série “Miami”: “Bye bye Brasil!!!, Lidando com a imigração,Conjugando o verbo 'muambar'!!!”, “Sunny Isles Beach”, "Days of Thunder!", "Comprando o carro dos sonhos" e "Halloween"

O Black Friday tá chegando e é notório que brasileiro gasta os tubos quando vai ao exterior. EUA e em especial Miami e Orlando são destinos preferenciais de muambagem desde que o mundo é mundo.

Torrando uma grana preta em compras, é óbvio que isso não passaria despercebido pelos pilantras de plantão. A incidência de furtos a brasileiros aumentou tanto, mas tanto, que a estatística acabou encostando na minha família.
Muambar nos EUA... um esporte nacional!
Em Orlando, conheci uma família que tinha acabado de ser furtada dentro de um dos mais conhecidos outlets. Sentou em um banco do shopping para descansar e alguém furtou suas sacolas... que estavam ao seu lado! Pode até parecer estúpido por parte dela, mas não ria! Na hora do cansaço, acontece com qualquer um!!!

Pior que isso, na volta a Miami, minha família se tornou vítima. Ao retornar de um almoço, em área que não é necessariamente ponto turístico, minha sobrinha, minha irmã, minha prima, com a Mary a tiracolo, tiveram o desprazer de descobrir que o carro havia sido arrombado e TODAS as sacolas com as compras do dia tinham sido furtadas.
Não há mulher brasileira que vá aos EUA e não se entupa de sacolas!
Como o furto não envolveu nenhum documento, o Consulado Brasileiro não foi notificado. Mas saiba que a estatística está alta, muito alta! Só em casos NOTIFICADOS é mais de um furto por dia. E olha que cerca de 70% dos casos não são notificados, como o de minha sobrinha!

Ou seja, todo o cuidado é pouco. Afinal, além do preju ser muitas vezes de alto valor, isso estraga as férias de qualquer um.
Cena típica nos outlets de Miami e Orlando!
Uma dica óbvia é não dar bandeira e mostrar que tem compras no carro. Pode parecer banal, mas nem sempre é fácil! Por exemplo, como brasileiro anda em bando, a primeira coisa que faz é alugar um carro para 6, 7 lugares... uma mini van, concorda?! Pois na maioria delas o porta-malas não é fechado, deixando suas compras à vista. Foi o caso de minha sobrinha.

Outra coisa muito comum é o brasileiro se entupir de sacolas e resolver deixar parte das compras no carro. É só chegar carregado de sacolas e já vai ter um olheiro dos bandidos na espia. Mal virou as costas e seu carro será arrombado!
E quem sofre é o homem!
Quarto de hotel infelizmente também não está a salvo. Muitas camareiras são olheiras das quadrilhas. É cada vez mais comum a ocorrência de quartos de hotéis serem arrombados, inclusive seu cofre.

Um amigo meu usa uma técnica que achei interessante. Ao chegar no quarto, tira tudo das caixas e sacolas e deixa nas malas devidamente trancadas. Até aí nada de anormal. Mas como a dica é não mostrar ao inimigo o que ou quanto comprou, eles retiram TODAS as sacolas e embalagens e jogam no lixo... fora do hotel! É óbvio que isso não impede que as malas sejam roubadas, mas, pelo menos, evita o olho gordo!
Nem os quartos de hotéis estão livres de arrombamentos
Depois de ter sido furtado no metrô de Paris, passei a ter o costume de ter mais de uma cópia impressa de todos os documentos e cartões, com os números de telefones de emergência, inclusive o dos Consulados Brasileiros das áreas a serem visitadas. Nada pior que ter seu cartão de crédito furtado e não saber nem o seu número, nem qual o número do telefone para comunicar o furto. Já senti isso na pele.
Não dê bandeira e deixe suas compra à vista das camareiras!
Ninguém vai deixar de vir aos EUA simplesmente porque o número de furtos aumentou por aqui. Afinal, pra quem mora numa grande metrópole brasileira isso é café pequeno. Mas não custa nada ter cuidado redobrado por essas bandas do Tio Sam.

Pra finalizar, dê uma olhadinha nas recomendações de segurança publicadas das páginas do Melhores Destinos e do Consulado-Geral.
Esse aqui, coitado, ficou apenas com o passaporte!
Ah, boas compras pra você!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Kamayurá – Ikatu kamayurá



Veja também os posts da série “Kamayurá”: “Arewawak!!”, "Motap!!", “Aldeia Morená”, "Nasci de novo!!!", "Karaiwa", "Mavutsinim" e “Moitará”.

Amanhã, 15 de novembro, é o dia do meu segundo aniversário no ano. Amanhã faço 3 anos em que escapei de um infarto, que se tivesse ocorrido 48 horas antes teria sido fatal. Por quê? Porque eu estava muito, mas MUITO longe da civilização, no Parque Indígena do Xingu.

Em novembro de 2011 passei por uma experiência única e inesquecível: 15 dias trabalhando pesado em uma aldeia indígena. Vivenciei o dia a dia dos kamayurás, na remota aldeia Morená, no Xingu.
Mapa da Aldeia Morená
Meu irmão coordenava um projeto de preservação de tracajás, uma pequena tartaruga de rio, que teve sua população radicalmente diminuída devido a caça predatória feita pelos próprios índios.
Rio Xingu
Durante o tempo que o projeto esteve ativo na aldeia Morená, a coleta de ovos, assim como a caça de filhotes e de animais adultos esteve proibida na região.
Índias kamayurás
Mais que isso, dezenas de milhares de filhotes foram protegidos e devolvidos à natureza. E devolvidos em áreas onde a probabilidade de sobrevivência era mais alta que a oferecida pela própria mãe natureza, que muitas vezes é cruel com esses desprotegidos filhotes.
Caturritas pousadas numa oca
Não é apenas o índio que adora comer tracajá. A natureza é pródiga em predadores: jacaré, urubu, iguana e, principalmente, a raposa, adoram comer filhotes e ovos de tracajá.
Tapi'irap, a mulher do cacique
O trabalho na coleta dos filhotes, nas diversas praias protegidas, foi uma experiência marcante. Mas estar 15 dias em contato com uma cultura 100% diversa da nossa foi algo inesquecível.
Pescado de manhã, comido no jantar
Confesso que eu entraria em depressão profunda, se tivesse que viver me alimentando da “culinária” kamayurá por um longo tempo. 15 dias foi mais que suficiente!
Preparando o beiju
Por outro lado, vivi dentro de uma realidade que nem nos meus mais loucos sonhos poderia imaginar que existisse. Em especial a cultura agrícola familiar e a caça e pesca de sobrevivência. Pesca-se no almoço... o que se vai comer no jantar.
Oca kamayurá
Fala-se muito da miscigenação da sociedade brasileira. Estar em uma aldeia kamayurá é vivenciar essa mistura de culturas sendo executada no dia a dia e presenciar como uma cultura mais frágil vai sendo triturada pela cultura predominante.
Curumins
As lendas kamayurás que eram contadas pelos mais velhos aos mais novos ao redor de uma fogueira, foram definitivamente substituídas pelo gerador de energia que alimenta as TVs de LED que transmitem a novela das nove. O tradicional corte de cabelo indígena foi substituído pelo moicano a la Neymar. A rígida hierarquia indígena é contestada pelos mais jovens. Afinal, não é assim que os jovens da cidade grande o fazem?!
Futebol disputado entre as mulheres kamayurás... descalças!
Foram dias intensos! E só tenho a agradecer o carinho com que fui recebido e tratado por todos, na aldeia Kamayurá Morená.
Rastros de estrelas
Obrigado! Ou, como se fala na língua deles, IKATU Kamayurá!!! 
"Cacique" Edu

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Miami: Halloween



Veja também os outros posts da série “Miami”: “Bye bye Brasil!!!, Lidando com a imigração,Conjugando o verbo 'muambar'!!!”, “Sunny Isles Beach”, "Days of Thunder!" e "Comprando o carro dos sonhos"

Sexta passada, 30/10, foi o dia de Halloween. Um dia onde o medo das bruxas deu lugar a muita diversão.
O primeiro registro do termo "Halloween" é de cerca de 1745. Dizem que teria derivado do termo "Allhallow-eve" (véspera do Dia de Todos os Santos) que era, na Escócia, a noite das bruxas.
Mas desde onde vem a comemoração? Ninguém sabe!
Entre os celtas existia o Samhain, a Festa dos Mortos (que entre os cristãos é celebrado dia 2 de novembro).
Com a disseminação do cristianismo nas Ilhas Britânicas, houve uma mistura de costumes entre a maioria da população de origem celta.
Entre os celtas comemorava-se a noite sagrada que entre o pôr-do-sol de 31 de outubro e 1° de novembro.
Essa noite era chamada de hallow evening, em inglês. De Hallow Evening a Hallowe'en é um passo, o que pode ser uma possível explicação.
A comemoração do Halloween foi levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, já conhecida como "dia das bruxas".
Seja qual for a sua origem, a celebração dos dias de hoje certamente tem muito pouca relação com o seu passado.
Acima de tudo é uma festa que faz a alegria do comércio, que vende milhões de dólares em abóboras, caveiras, morcegos, teias de aranhas e, acima de tudo, fantasias!
Se em Brasília tudo termina em pizza, aqui em Miami tudo termina em festa.
E se você curte uma, o point é a Lincoln Road, em Miami Beach. Simplesmente imperdível!!!
Chegue lá pelas sete da noite, arrume uma mesa externa em um bar ou restaurante e curta o desfile que passará à sua frente.
Como a festa não tem hora de terminar, se prepare para ir consumindo devagarzinho, pois caso contrário você será ejetado de sua mesa.
Afinal a fila de espera vai estar dobrando a esquina!
Pelas fotos deste post, você tem uma criatividade da tchurma daqui.
Não foi fácil, mas tive que fazer uma bela peneirada pois tinha mais que o triplo de fotos de fantasias!
E como toda boa festa, música é que não falta para chacoalhar o esqueleto da moçada!