sexta-feira, 4 de maio de 2012

Samoa - Manuía aso fa nau!


Com a Mary fazendo aniversário depois de amanhã, a data me lembrou um causo incrível!

Quem mergulha sabe que mergulhador do Planalto Central é um frustrado na vida! Por essas bandas de Brasília nem dá para pensar em mergulhar no caldo de cana que é o Lago do Paranoá. Além de ser uma água de qualidade pra lá de duvidosa, a visibilidade zero faz com que a bengala de cego seja incorporada como equipamento básico em cada mergulho.

Samoa é um pontinho perdido no meio do Oceano Pacífico

Tá legal que ainda temos a possibilidade de mergulhar nas inúmeras grutas ao redor da capital, mas como é um mergulho pra lá de especializado e perigoso, nem penso em correr o risco. O negócio então é ficar no seco, sonhando acordado com um mergulho em água salgada, sabe lá Deus quando!


Hoje estou meio parado com mergulho, mas por muito tempo colecionei conchas como uma forma de estar próximo do mar, estando longe dele. Isso fez com que eu tivesse contato e criasse amizade com colecionadores pelo mundo a fora.

Edu e Don Barclay


Uma dessas amizades especiais foi com Don Barclay, controlador de vôo em Samoa Americana. Todos sabem que a vida profissional dos controladores de vôo é pra lá de estressante... mas ser controlador de vôo em Samoa Americana é outro papo! Gostava de sacanear o Don, antigo controlador do aeroporto Dallas/Fort Worth, sobre o baita estresse que era controlar “dois” vôos semanais! Na verdade, Samoa Americana é responsável por controlar uma vasta área do Pacífico Sul... mas não ia perder a oportunidade de sacanear o Don pela vida mansa que tinha em Samoa, comparada com a de Dallas.

E qual o hobby dele? Tal como o meu, colecionar conchas! Se você não sabe, a região do Pacífico é o paraíso para todo o colecionador de conchas.

Mapa de Samoa Americana

Isso, além de inúmeros convites do Don, acabou me motivando a passar umas férias em Samoa, em 1999. Depois de duas semanas no Havaí, desembarcamos em Samoa Americana.

Foram dias maravilhosos com coleta de conchas de manhã, de tarde e de noite!

Edu limpando conchas com uma bela Lambis chiragra perto da lanterna

Mas foram os costumes da cultura polinésia que mais nos encantaram. E eles começam a aparecer já no desembarque do avião. Os parentes e amigos recepcionam seus entes queridos que chegam com coroas de flores. É algo lindo, carinhoso... e perfumado!

Os dias se passaram e chegou o 6/5, data de aniversário da Mary. Eu e o Don reservamos uma mesa em um belo restaurante para o jantar especial de comemoração de aniversário.

Lá chegando, o Don deu a ela de presente um lindo barco polinésio, uma verdadeira obra de arte do artesanato local. Para completar, um colar de flores!

Lindo barco polinésio, presente de aniversário do Don Barclay

Como se não fosse suficiente, o dono do restaurante colocou para tocar um CD de música brasileira. Na mesa vizinha, um senhor, que igualmente comemorava o seu aniversário, veio até a Mary e colocou em seu pescoço duas das coroas de flores que havia ganho.

E para complementar, a sobremesa foi servida com os garçons cantando “Manuía aso fa nau” (Parabéns pra você, em polinésio). 

Manuía aso fa nau, Mary!!!

Foi realmente um dia inesquecível!

Manuía aso fa nau, Mary!!!

2 comentários:

  1. E Ai Edu,
    Muito boas recordações. Abraços. Cida

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  2. Oi, Edu e Mary, vivem bem a vida, hein, meus amigos? Mais um outro aniversário e espero que bem festejado também. Um grande abraço. Izildinha

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