quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Costa Concordia – Abandonando o barco!!!


Você aí, que adora fazer um cruzeiro pelos mares a fora, deve estar com as barbas de molho depois do escandaloso afundamento do navio italiano Costa Concordia, o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa Cruzeiros.

Naufrágio do Costa Concordia

Pessoalmente, apesar de nunca ter feito um cruzeiro, o naufrágio não é algo que me preocuparia. Embarcaria sem pestanejar em um cruzeiro na semana que vem, se isso fosse o caso. Navios de cruzeiro só não são mais seguros que aviões, mas certamente BEEEEEM mais seguros que os carros e ônibus que muitos preferem viajar. Mas não diria o mesmo de um daqueles barcos superlotados que navegam nos rios da Amazônia.

Na Amazônia é comum os barcos navegarem com superlotação!

Não vou dizer que o que se passou não seja algo que dê uma baita paúra e, certamente, se eu estivesse por lá, chegaria em terra com as pernas bambas. Mas confesso que bastaria esperar que as perninhas estivessem firmes o suficiente para subir em outro navio.

Perto demais das rochas!!!

Você duvida? Como estatística não falha, depois de alguns milhares de milhas aéreas acumuladas, obviamente eu também acumulei sobressaltos como pousos arremetidos, tempestades violentíssimas e despressurizações durante decolagens. Nada que abalasse minha infindável fé nos aviões de carreira.

Mas nada, além do destino, poderá impedir você de estar a bordo de um avião onde o piloto neurótico resolva suicidar-se, como ocorreu no vôo 990 da Egypt Air. Foi mais ou menos o que aconteceu, até onde sei, com o naufrágio do Costa Concordia.

Há relatos de que, antes do acidente, o comandante teria sido visto bebendo com uma bela passageira. Depois disso, quem sabe sob o efeito do álcool, ele ordenou que o navio desviasse de sua rota original e passar ao largo da ilha de Giglio, para homenagear um antigo comandante da empresa.

Imagens subaquáticas feitas pela Guarda Costeira italiana

Não precisa ser especialista em navegação, nem ver as cartas náuticas. Basta ver o quão perto o navio estava da costa para saber que a manobra ia dar caca. Quem mergulha, como eu, sabe que o perfil do solo submerso normalmente acompanha a linha da superfície. E ali ERA RASO PACAS para o calado daquele navio!!!

Raso demais para um navio gigantesco!
Como o acidente ocorreu de madrugada, posso imaginar o susto e pavor dos passageiros durante os momentos que se seguiram ao choque. Principalmente depois de terem sido largados à própria sorte pelo borra-botas do comandante, um dos primeiros a abandonar o barco. Ouça o diálogo entre o comandante e a Capitania dos Portos e tire as suas próprias conclusões.

Acordar assim não é nada agradável!!!

A tradição e as leis marítimas mandam que o comandante seja o último a abandonar a embarcação. Mas quem conhece a história não deve ter se surpreendido com a covardia do comandante italiano, país que não é pródigo em ter heróis de guerra. Aliás, dizem as más línguas que um dos menores livros do mundo é a lista de heróis italianos.

É claro que virou motivo de piada!

Mulheres e crianças primeiro? Que nada, na hora do aperto o comandante preferiu optar pelo “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

 Pano rápido, por favor!!!

Um comentário:

  1. Belo artigo, Edu.
    Conciso, elucidativo e bem-humorado.
    Parabéns!
    Só não precisava esculachar tanto com a coragem dos italianos (mas que eu ri muito... ainda estou rindo).
    Abraço forte.

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