quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Istambul – Tabêti barrratim, brima!

Veja também os demais posts da série “Istambul”: Taxi Driver II - Istambul, “Entre o moderno e o antigo, “O palácio do sultão e Ayasofia

Um “passeio” pelo Grand Bazaar (Kapalıçarşı, que significa "Bazar Coberto"), em Istambul é um dos pontos altos de qualquer viagem àquela belíssima cidade. Um dia é pouco, principalmente se o turista for do sexo feminino!
Mapa de Istambul
Também pudera, é um dos maiores e mais antigos mercados cobertos do mundo, com mais de 60 ruas e bem mais de 3000 lojas. E você não estará sozinho. Ao seu lado estarão outros 250 a 400 MIL consumidores diários, circulando e comprando freneticamente os mais variados produtos. Da mais ridícula quinquilharia, feita na China para o turista de todos os cantos do mundo, à uma valiosíssima joia de ouro 24 quilates.
Mapa do Grand Bazaar
Mesmo que você não queira comprar nada, o passeio vale a pena! Afinal, desde 1461 o Grans Bazaar tem sido importante centro comercial, quando foi construído por ordem do Sultão Mehmed, o Conquistador, logo após a conquista otomana de Constantinopla.
Entrada do Grand Bazaar
Mas se você quiser comprar algo, prepare-se para conjugar o verbo BARGANHAR. Os preços variam e variam de acordo com a cara de idiota do freguês! Quanto mais interessado se mostrar o cliente, mais caro será o preço inicial dado pelo vendedor!

Por outro lado, se não estiver disposto a comprar, nem pense em fazer uma proposta pelo produto, mesmo que ela seja aparentemente absurda!
Um dos muitos corredores do Grand Bazaar
Foi o que eu aprendi!

Minha irmã procurava pelo tapete persa que ela tanto tinha sonhado. Sonhado?! Isso significava entrar em 2845 lojas diferentes e, em cada uma, ver “apenas” dezenas de tapetes! E eu ali, pacientemente, esperando que ela achasse e comprasse o bendito tapete!!
Mais de 3000 lojas dentro do Grand Bazzar
E numa dessas lojas, eu caí na besteira de virar para a Mary e dizer, EM PORTUGUÊS (cuidado, vendedor do Grand Bazaar fala todas as línguas do universo, inclusive Na’vi, a língua do filme Avatar):

- Lindo esse tapete, hem Mary!
São inúmeras as lojas de tapetes orientais
Mais rápido que um raio o vendedor vira para mim e em um português misturado com turco:

- U sinhorrrrr issstá interrrressssadu niste barravilhoso tabête?!!

- Não estou interessado! Só disse que o tapete era bonito!

- Parrrra u sinhorrr, eu fazo barratim pur 500!

- É muito, mas por 100 eu até que compraria.
A variedade de tapetes é imensa!
Chutei um valor ridículo, que eu tinha certeza absoluta que ele jamais aceitaria!!!

Pronto, lasquei-me! Iniciou-se o processo de negociação! O vendedor, disse que eu estava louco em fazer aquela proposta ridícula, baixou para 400!

Finquei o pé nos 100, me divertindo da negociação.
Pechinchar faz parte da negociação
Ele ali praguejando, e baixando para 300, praguejando, baixando para 250, praguejando... 

E não é que, para surpresa minha, depois de muito praguejar, ele aceitou a minha proposta de 100?!!

Foi ele aceitar e eu virar para ele e dizer que mesmo assim eu não compraria! Afinal, não iria ficar carregando aquele trambolho pelo resto da viagem!!!
Os vendedores dizem que entregam o tapete na sua casa, no Brasil. Você confia?! Eu não!!!
Gente, quase apanhei! 

O vendedor ficou furioso! Se eu não estava interessado em comprar, que não negociasse!

Saí dali de fininho. Foi por pouco que não tomei um safanão no pé do ouvido!!

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