quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

México: O Cristo de Copoya

Veja também os demais posts da série “México”: “Día de Muertos”, “Chiapas”, “Mezcal tem gosto de festa...”, “Cañón del Sumidero” e “Dançando na Praça


Como toda obra de igreja, essa aqui também está sendo um parto de montanha! Grandiosa como toda obra que o homem resolve construir a Deus e custosa em termos de dinheiro e tempo. Desde a sua concepção, já gastou mais de uma centena de milhões de pesos mexicanos (o que significa mais de 10 milhões de dólares) e já dura mais de 20 anos de construção!

Obviamente uma obra desse naipe passa a ser igualmente polêmica. Com os custos lá na estratosfera, é claro que existem aqueles que acham que o dinheiro poderia ser aplicado em áreas que eles consideram mais prioritárias como saúde, saneamento, educação, entre outros etecéteras do gênero.
Campanha contra o Cristo de Copoya
O local, o Cerro Mactumactzá, foi escolhido não apenas por ser alto e descortinar toda a cidade de Tuxtla, mas também porque existia no alto daquele morro uma antiga cruz para onde se faziam peregrinações anuais.
Tuxtla vista do alto do Cerro Mactumactzá
O projeto original foi objeto de críticas pesadas da população de Copoya, formada em sua maioria por indígenas zoques. “Vocês não podem vir à minha cidade e colocar um Cristo que ficará de costas para nós, abençoando apenas a cidade que fica ao pé do morro”! diziam os habitantes locais. Essa é a razão do projeto definitivo contemplar uma imagem vazada, que tanto abençoa a Copoya, quanto a Tuxtla.
O Cristo de Copoya
E quando se fala em glorificar a Deus e a Cristo, a obra não pode ser pequena. Tem que ser majestosa. Afinal, Deus não aceita “merreca” como presente, não é mesmo?! Eu tenho opinião própria sobre o assunto, mas prefiro ficar calado a criar mais uma polêmica. Mas pensem na parábola do óbolo da viúva.
O reflexo do sol no revestimento de aço dá um efeito incrível!
Mas se é para ser majestoso, é claro que tem que ser MAIOR que duas obras de referência mundial: o Cristo Redentor do Rio de Janeiro (30m mais 8m de base) e a Estátua da Liberdade de Nova Iorque (46m, sem contar com a sua base). Pois o Cristo de Copoya supera a ambas com os seus 48m mais 16m de base.
OCristo de Copoya é bem maior que o Cristo Redentor e mais alto que a Estátua da Liberdade sem sua base
Quando o visitamos, em novembro de 2012, ainda estava em obras. Parte do seu interior ainda estava fechado, o mirador para a cidade de Tuxtla ainda nem havia sido iniciado e as vias de acesso ao Cristo ainda são pra lá de precárias!

Por ser vazado, este Cristo abençoa tanto Tuxtla como Copoya
Agora, se a idéia era de fazer algo majestoso, o objetivo foi alcançado. O Cristo de Copoya ou Cristo Glorioso de Chiapas, como é oficialmente denominado é uma obra realmente impressionante. Impressionante não apenas pelo seu tamanho, mas principalmente pela sua beleza. Uma beleza simples, moderna, mas que ficará para sempre na mente de quem o contempla.
Uma beleza simples, mas marcante
Feito em aço inoxidável, o Cristo de Copoya brilha ao sol. Visto desde Tuxtla, durante o por de sol, é uma visão, belíssima! Imagine a silhueta de um Cristo no alto de um morro, brilhando de braços abertos! Me arrepio ainda quando me lembro dessa imagem.
O Cristo de Copoya ao entardecer. Um Cristo de luz!!!
Como dizem os locais, é um Cristo de luz! Definição melhor, impossível!!!


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