Veja também os posts "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado", "Pequenas roubadas II – mais cartão de crédito", "Pequenas roubadas III – bagagens perdidas e overbooking", "Pequenas roubadas IV – conjugando o verbo goiabar" e "Pequenas roubadas V – extorsão em Praga"
Situações de alta tensão são comuns em viagens. Lá pelos anos 70, antes da reforma da região do Pelourinho, em Salvador, as ruas ao redor eram quase todas dedicadas à prática da mais antiga das “profissões”: o baixo meretrício! Pois eu e minha ex-esposa nos perdemos e embrenhamos por um local de ambiente pesadíssimo, sob as gracinhas e cantadas das profissionais do ramo. Mas até acharmos o caminho de volta e sairmos dali foi tensão no mais alto grau.
Com toda certeza você já viu em filmes aquelas cenas de um subúrbio barra pesada de Nova Iorque com carros abandonados, queimados nas ruas, sem as quatro rodas e sem motor, que foram roubados. Sentados nas calçadas os indivíduos mais mal-encarados da face do planeta. Se dá medo ver isso na tela, imagine ao vivo e em cores!!! Pois isso existe e o idiota aqui se meteu numa dessas.
Nos anos oitenta, a compra de computadores e seus acessórios tinha mercado fechado aqui no Brasil e a ida ao exterior era uma oportunidade de ouro para comprar novidades a preço barato. Foi o que fiz! Ou melhor, tentei fazer. Eu não sabia, mas a loja, cujo endereço peguei numa revista especializada, ficava em um bairro daqueles em que nem a polícia ousa circular. Saltei na estação do metrô, andei duas quadras sob os olhares mais mal encarados possíveis e tomei a decisão mais sensata: meia-volta volver!! Voltei a passos largos para a estação do metrô... que estava deserta!
Sabe aquela cena de filme de suspense em que o cara está numa estação de metrô deserta e começa aquela trilha sonora que indica à platéia que algo vai acontecer... e que “vai dar merda”! Pois é, só faltou a trilha sonora. Estava lá eu sozinho na plataforma, com o coração na boca, querendo pular para fora, e o pensamento buzinando os meus ouvidos “vai dar merda”! E nada do metrô chegar! E o medão tomando conta... e nada do metrô chegar! Quando o bendito metrô chegou e sentei no banco, estava empapado de suor! Pura tensão nervosa!
Hoje eu dou boas risadas da situação mas, naquela hora, se alguém mais entrasse na estação e se dirigisse para o meu lado, juro que me borrava por completo!!
terça-feira, 31 de maio de 2011
Pequenas roubadas V – extorsão em Praga
Veja também os posts "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado", "Pequenas roubadas II – mais cartão de crédito", "Pequenas roubadas III – bagagens perdidas e overbooking" e "Pequenas roubadas IV – conjugando o verbo goiabar"
Hoje podemos até rir de situações tensas ou de perigo em que passamos em nossas viagens, mas confesse que na hora do ocorrido sua adrenalina estava a mil e você a ponto de ter um piripaco!
Ser achacado por guardas é padrão. Se ainda não vivenciou, prepare-se pois está chegando a sua vez. Minha experiência é múltipla, tanto no Brasil como no exterior.
Na parasidíaca Ciudad Del Este, Paraguai, fui parado em uma blitz de rua que visava exclusivamente vistoriar carros brasileiros. É óbvio que o sargentão que coordenava a blitz encontrou um problema no carro, que precisava ser imediatamente recolhido para o depósito... a menos que eu pagasse, diretamente a eles, a multa devida! Muito prático e cômodo, você não acha?! Para desespero de minha esposa, optei por ir com um soldado até a delegacia.
– Pero señor, piense bien! No podremos garantizar la integridad de su auto. Quizá lo que pasa por la noche. Es más cómodo pagar la multa y volver en seguridad a Brasil.
Finquei o pé na minha decisão de resolver o problema na delegacia. Depois de meia hora e muitas voltas ao redor da enoooorme metrópole que é Ciudad Del Este, com o guardinha tentando me convencer a desistir da loucura que estava cometendo, chegamos finalmente à delegacia. Fomos atendidos por um oficial honesto e extremamente atencioso, que nos ouviu, nos liberou e, meio que por tabela, pediu desculpas pelo excesso de “zelo” do sargentão que nos parou na blitz!
Coisa semelhante passamos no metrô, em Praga, mas dessa eu não tive como escapar e “morri” em cerca de cinqüenta dólares. Como em muitas cidades européias, o controle das passagens no metrô de Praga é feito aleatoriamente, através de fiscais. Os bilhetes têm preços variados e as orientações nas máquinas de compra estão descritas apenas em checo. Você consegue ler em checo? Não?! Nem eu! Ou seja, errar e comprar um bilhete de menor valor é algo fácil! Comprei os bilhetes conforme a orientação de um senhor checo, que estava perto da gente na fila. Coloquei o meu e o de minha esposa no bolso e entreguei os demais bilhetes para minha irmã e minha tia, recomendando que não os perdessem.
Como turista é reconhecido a milhas de distância em qualquer lugar do planeta, foi só chegar à estação de destino para sermos abordados por dois fiscais que nos solicitaram os bilhetes. Entreguei os nossos bilhetes, entreguei o da minha tia... enquanto a minha irmã tentava encontrar o dela dentro do mafuá de sua bolsa! Assim que ela o encontrou, entreguei o último bilhete e... fui surpreendido com a informação de que estávamos usando irregularmente o metrô com passagens mais baratas que o permitido para o trecho. O que se passou? Enquanto minha irmã procurava o seu bilhete, os fiscais trocaram dois dos bilhetes que entregamos por outros de menor valor... e a infração estava consumada.
Se os fiscais falavam um inglês razoável no início da abordagem, a “fluência” foi piorando à medida que a pressão e o tom de voz deles subia para a rispidez e a ameaça pura e simples. Não havia explicação minha que resolvesse. A mera afirmação de que todos os bilhetes entregues tinham o mesmo valor, foi encarada como uma insinuação de que eles eram desonestos (tolinho eu!) e o tom da discussão subiu rapidamente.
O jeito foi engolir o sapo, pagar a multa, esfriar a cabeça e curtir o resto do passeio, por mais que o clima do dia já tivesse ido para o espaço!
Hoje podemos até rir de situações tensas ou de perigo em que passamos em nossas viagens, mas confesse que na hora do ocorrido sua adrenalina estava a mil e você a ponto de ter um piripaco!
Ser achacado por guardas é padrão. Se ainda não vivenciou, prepare-se pois está chegando a sua vez. Minha experiência é múltipla, tanto no Brasil como no exterior.
Na parasidíaca Ciudad Del Este, Paraguai, fui parado em uma blitz de rua que visava exclusivamente vistoriar carros brasileiros. É óbvio que o sargentão que coordenava a blitz encontrou um problema no carro, que precisava ser imediatamente recolhido para o depósito... a menos que eu pagasse, diretamente a eles, a multa devida! Muito prático e cômodo, você não acha?! Para desespero de minha esposa, optei por ir com um soldado até a delegacia.
– Pero señor, piense bien! No podremos garantizar la integridad de su auto. Quizá lo que pasa por la noche. Es más cómodo pagar la multa y volver en seguridad a Brasil.
Finquei o pé na minha decisão de resolver o problema na delegacia. Depois de meia hora e muitas voltas ao redor da enoooorme metrópole que é Ciudad Del Este, com o guardinha tentando me convencer a desistir da loucura que estava cometendo, chegamos finalmente à delegacia. Fomos atendidos por um oficial honesto e extremamente atencioso, que nos ouviu, nos liberou e, meio que por tabela, pediu desculpas pelo excesso de “zelo” do sargentão que nos parou na blitz!
Coisa semelhante passamos no metrô, em Praga, mas dessa eu não tive como escapar e “morri” em cerca de cinqüenta dólares. Como em muitas cidades européias, o controle das passagens no metrô de Praga é feito aleatoriamente, através de fiscais. Os bilhetes têm preços variados e as orientações nas máquinas de compra estão descritas apenas em checo. Você consegue ler em checo? Não?! Nem eu! Ou seja, errar e comprar um bilhete de menor valor é algo fácil! Comprei os bilhetes conforme a orientação de um senhor checo, que estava perto da gente na fila. Coloquei o meu e o de minha esposa no bolso e entreguei os demais bilhetes para minha irmã e minha tia, recomendando que não os perdessem.
Como turista é reconhecido a milhas de distância em qualquer lugar do planeta, foi só chegar à estação de destino para sermos abordados por dois fiscais que nos solicitaram os bilhetes. Entreguei os nossos bilhetes, entreguei o da minha tia... enquanto a minha irmã tentava encontrar o dela dentro do mafuá de sua bolsa! Assim que ela o encontrou, entreguei o último bilhete e... fui surpreendido com a informação de que estávamos usando irregularmente o metrô com passagens mais baratas que o permitido para o trecho. O que se passou? Enquanto minha irmã procurava o seu bilhete, os fiscais trocaram dois dos bilhetes que entregamos por outros de menor valor... e a infração estava consumada.
Se os fiscais falavam um inglês razoável no início da abordagem, a “fluência” foi piorando à medida que a pressão e o tom de voz deles subia para a rispidez e a ameaça pura e simples. Não havia explicação minha que resolvesse. A mera afirmação de que todos os bilhetes entregues tinham o mesmo valor, foi encarada como uma insinuação de que eles eram desonestos (tolinho eu!) e o tom da discussão subiu rapidamente.
O jeito foi engolir o sapo, pagar a multa, esfriar a cabeça e curtir o resto do passeio, por mais que o clima do dia já tivesse ido para o espaço!
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Pequenas roubadas IV – conjugando o verbo goiabar
Veja também os posts "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado", "Pequenas roubadas II – mais cartão de crédito" e "Pequenas roubadas III – bagagens perdidas e overbooking"
Bem diz o ditado, que esperteza, quando é muita, engole o dono! Em pleno século XXI ainda encontramos países onde a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo é estratosférica. Nós, brasileiros de cabelos grisalhos, já vivemos esse pesadelo em um passado nem tão distante assim. Mas uma coisa é lidar com o câmbio paralelo no seu país natal. Outra coisa é você trocar dólares no meio da rua em Luanda, Caracas ou até mesmo em Buenos Aires. É furada na certa!
Em plena época da Guerra Fria, um colega meu visitou Praga, que vivia as “delícias” de uma economia rigidamente controlada pelo Estado. A cotação do câmbio oficial era obviamente uma peça de ficção... algo próximo a uma obra de terror trash, enquanto o mundo real, refletido no câmbio paralelo tinha uma cotação muito diversa daquela. Não resistiu à tentação de fazer o câmbio no meio da rua numa daquelas cotações que nem sua mãe consegue lhe oferecer!! É claro que uma oportunidade dessas “não se perde”... e aproveitou para trocar uma bolada!! Não deu outra, trocou dólares quentes por um bando de notas frias que não valiam absolutamente NAAAAAADA!
Compras podem ser satisfação em estado puro, mas algumas vezes vêm com uma roubada embutida. Lá em casa temos uma expressão conhecida como “comprar goiaba”. Goiaba é aquela coisa que você compra como solução para todos os seus problemas e que depois, quando você cai na real, você chega e diz para si mesmo:
– Onde eu estava com a cabeça quando eu comprei essa trapizonga!
Goiaba é, no fundo, um produto digno das “Organizações Tabajara”! A compra é tão ridícula que acaba virando folclore! Segundo minha esposa, maior “goiabeiro” que eu não existe! Pura intriga da oposição!! Tá legal que vira e mexe eu sou dado a umas compras um tanto “heterodoxas”, mas...
Quer um exemplo? Comprei em Washington um instrumento que é conhecido lá em casa como “raspador de meleca”! Tá rindo? Sabe aquela gosma de cola plástica que fica grudada no vidro do seu carro quando você retira aquele adesivo colante? Ou aquele decalque que seu filho pregou na janela e não tem santo que consiga tirar? Pois o meu “raspador de meleca” tira! Tanto tira que o pessoal lá de casa, apesar da gozação, vive me pedindo emprestado. O famoso raspador nada mais é que uma lâmina de aço afiada e sua eficiência é de 100%. É só passar bem rente ao vidro que essas gosmas e decalques somem. Concordo que sua utilidade é pra lá de específica, mas que funciona, funciona!
Outro exemplo famoso de goiaba é a minha “máquina de fazer buracos”! Não existe casaco de lã, meia ou camiseta que não viva entupida de bolinhas, concorda?! Pois a minha “máquina de fazer buracos” é a solução para os seus problemas! Nada mais é que um “barbeador” de bolinhas que funciona à pilha! Você passa o aparelho em cima da blusa, da meia ou do agasalho e as bolinhas somem como por encanto!
Mas cuidado! Mantenha a peça de roupa bem esticada, pois caso contrário... CROC!! Se bobear ela come vorazmente não apenas as bolinhas, mas também um pedaço da sua roupa!! Gente, até eu aprender que a roupa tem que ficar BEM esticada, detonei, para desespero da minha esposa, uma meia dúzia de camisetas e outro tanto de meias. Daí o nome de “máquina de fazer buracos” que ela deu ao meu precioso e utilíssimo aparelho.
Ela não reconhece nem sob tortura, mas eu sei que pega a maquininha emprestada quando eu não estou por perto!
Bem diz o ditado, que esperteza, quando é muita, engole o dono! Em pleno século XXI ainda encontramos países onde a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo é estratosférica. Nós, brasileiros de cabelos grisalhos, já vivemos esse pesadelo em um passado nem tão distante assim. Mas uma coisa é lidar com o câmbio paralelo no seu país natal. Outra coisa é você trocar dólares no meio da rua em Luanda, Caracas ou até mesmo em Buenos Aires. É furada na certa!
Em plena época da Guerra Fria, um colega meu visitou Praga, que vivia as “delícias” de uma economia rigidamente controlada pelo Estado. A cotação do câmbio oficial era obviamente uma peça de ficção... algo próximo a uma obra de terror trash, enquanto o mundo real, refletido no câmbio paralelo tinha uma cotação muito diversa daquela. Não resistiu à tentação de fazer o câmbio no meio da rua numa daquelas cotações que nem sua mãe consegue lhe oferecer!! É claro que uma oportunidade dessas “não se perde”... e aproveitou para trocar uma bolada!! Não deu outra, trocou dólares quentes por um bando de notas frias que não valiam absolutamente NAAAAAADA!
Compras podem ser satisfação em estado puro, mas algumas vezes vêm com uma roubada embutida. Lá em casa temos uma expressão conhecida como “comprar goiaba”. Goiaba é aquela coisa que você compra como solução para todos os seus problemas e que depois, quando você cai na real, você chega e diz para si mesmo:
– Onde eu estava com a cabeça quando eu comprei essa trapizonga!
Goiaba é, no fundo, um produto digno das “Organizações Tabajara”! A compra é tão ridícula que acaba virando folclore! Segundo minha esposa, maior “goiabeiro” que eu não existe! Pura intriga da oposição!! Tá legal que vira e mexe eu sou dado a umas compras um tanto “heterodoxas”, mas...
Quer um exemplo? Comprei em Washington um instrumento que é conhecido lá em casa como “raspador de meleca”! Tá rindo? Sabe aquela gosma de cola plástica que fica grudada no vidro do seu carro quando você retira aquele adesivo colante? Ou aquele decalque que seu filho pregou na janela e não tem santo que consiga tirar? Pois o meu “raspador de meleca” tira! Tanto tira que o pessoal lá de casa, apesar da gozação, vive me pedindo emprestado. O famoso raspador nada mais é que uma lâmina de aço afiada e sua eficiência é de 100%. É só passar bem rente ao vidro que essas gosmas e decalques somem. Concordo que sua utilidade é pra lá de específica, mas que funciona, funciona!
Outro exemplo famoso de goiaba é a minha “máquina de fazer buracos”! Não existe casaco de lã, meia ou camiseta que não viva entupida de bolinhas, concorda?! Pois a minha “máquina de fazer buracos” é a solução para os seus problemas! Nada mais é que um “barbeador” de bolinhas que funciona à pilha! Você passa o aparelho em cima da blusa, da meia ou do agasalho e as bolinhas somem como por encanto!
Mas cuidado! Mantenha a peça de roupa bem esticada, pois caso contrário... CROC!! Se bobear ela come vorazmente não apenas as bolinhas, mas também um pedaço da sua roupa!! Gente, até eu aprender que a roupa tem que ficar BEM esticada, detonei, para desespero da minha esposa, uma meia dúzia de camisetas e outro tanto de meias. Daí o nome de “máquina de fazer buracos” que ela deu ao meu precioso e utilíssimo aparelho.
Ela não reconhece nem sob tortura, mas eu sei que pega a maquininha emprestada quando eu não estou por perto!
Pequenas roubadas III – bagagens perdidas e overbooking
Veja também os posts "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado" e "Pequenas roubadas II – mais cartão de crédito".
“Satisfação” verdadeira é ver todo mundo recolher a bagagem e perceber que “você foi premiado” e exatamente a sua não chegou! Felizmente nunca perderam a minha bagagem, o que, estatisticamente falando, mostra que logo logo será a minha vez. Até agora o máximo que ocorreu foi recebê-la um ou dois dias depois. Antigamente a Varig tinha um vôo para Frankfurt cuja conexão para Genebra era quase que imediata. Era chegar em Genebra e... bingo!! A bagagem tinha ficado para trás! Felizmente sempre recebi a bagagem no fim do dia, pois caso contrário teria que aparecer em uma reunião internacional sem terno e gravata! Na primeira vez tomei um baita susto, mas é claro que, a partir da segunda vez que isso ocorreu, passei a levar um terno na bagagem de mão! Afinal, seguro morreu de velho!!
Confesso que a hora de receber a bagagem é sempre um momento de tensão. Principalmente se ela foi encaminhada diretamente ao destino e o vôo envolve umas três conexões. Você sai de Brasília, pega outro vôo em Guarulhos e um terceiro na Cidade do Panamá, com destino a San José, Costa Rica. O potencial para algo dar errado e a sua bagagem ficar pelo meio do caminho é bem alto.
Isso me lembra a piada do cara que chega no check-in e diz:
– Por favor, mande essa mala para Xangai e essa outra para Moscou.
– Infelizmente não podemos fazer isso, senhor, pois seu vôo é para Miami! – responde a atendente
– Mas por que não? Na última vez vocês despacharam para esses locais e eu não pedi. Quem sabe se dessa vez, eu pedindo, vocês “erram” para o destino correto?!
A roubada “aérea” também pode vir de outras formas: reservas que caíram, overbooking, vôos atrasados, conexões perdidas, além do fantástico apagão aéreo que assolou o Brasil em 2006 e 2007.
Lembro-me que na minha primeira viagem à Europa, em 1986, viajei de Aerolineas Argentinas, que vinha de um período de greves do seu pessoal. Com isso, os vôos saíam lotados de Buenos Aires e dava overbooking na escala no Galeão. Chegamos com bastante antecedência, mas a fila já estava enorme e não andava. O tempo ia passando e a fila não andava! A hora do embarque já estava começando e ainda continuávamos na fila. Quando conseguimos chegar ao guichê restavam apenas duas vagas no vôo... e fomos os últimos a serem embarcados. Ufa! Escapamos dessa por um triz!
Ser “sorteado” com um overbooking é mais que uma roubada, é prejuízo na certa. Tal como um castelo de cartas que desmorona, os problemas vão acontecendo em sequência. Você não embarca e gera um “no-show” no hotel de destino. Se o vôo tem conexões, você irá perdê-las e todas as demais reservas de vôos irão inevitavelmente cair. Pior que isso, se a companhia aérea da conexão for outra, o problema é seu e não dela. Se tem reserva para aluguel de veículo, ela também será cancelada. Se tem uma excursão ou cruzeiro contratado, eles sairão sem você a bordo. No mínimo, seu planejamento de férias passa a ter que ser totalmente refeito... com pelo menos um dia a menos. Ninguém merece!
Em pleno apagão aéreo de 2007, eu e Mary saímos de férias para a Europa. Originalmente teríamos três horas entre o pouso doméstico e a conexão internacional. Tempo suficiente? Nem tanto, meu caro. O primeiro problema era que o vôo Brasília/São Paulo, com a Varig, pousava em Congonhas... e a conexão para Frankfurt saía de Guarulhos. Por que me submeti a isso? Porque o bilhete era originário de milhagem... e em cavalo dado não se olham os dentes. Principalmente se você tinha que torrar as suas preciosas milhas porque a mãe do tal cavalo se chamava Varig e já tinha recebido extrema-unção.
Em “condições normais de temperatura e pressão” deve-se considerar uma hora para um deslocamento tranqüilo entre Congonhas e Guarulhos, mas... Mas São Paulo tem peculiaridades próprias. Basta chover que esse tempo de deslocamento vai para a estratosfera. Pior que isso era o que se passava com Congonhas naquela época. O fechamento por condições meteorológicas, gerando atrasos de horas e cancelamentos dos vôos eram mais que freqüentes. Que fazer? Entre perder a conexão para Frankfurt e “criar raízes” em Guarulhos, optamos pela segunda. Transferimos nosso vôo para São Paulo para o período da manhã e ficamos mais de doze horas “bestando” em Guarulhos.
Excesso de precaução? Concordo, mas sou filho de mineiro e mineiro não perde o trem! Nem o avião!
“Satisfação” verdadeira é ver todo mundo recolher a bagagem e perceber que “você foi premiado” e exatamente a sua não chegou! Felizmente nunca perderam a minha bagagem, o que, estatisticamente falando, mostra que logo logo será a minha vez. Até agora o máximo que ocorreu foi recebê-la um ou dois dias depois. Antigamente a Varig tinha um vôo para Frankfurt cuja conexão para Genebra era quase que imediata. Era chegar em Genebra e... bingo!! A bagagem tinha ficado para trás! Felizmente sempre recebi a bagagem no fim do dia, pois caso contrário teria que aparecer em uma reunião internacional sem terno e gravata! Na primeira vez tomei um baita susto, mas é claro que, a partir da segunda vez que isso ocorreu, passei a levar um terno na bagagem de mão! Afinal, seguro morreu de velho!!
Confesso que a hora de receber a bagagem é sempre um momento de tensão. Principalmente se ela foi encaminhada diretamente ao destino e o vôo envolve umas três conexões. Você sai de Brasília, pega outro vôo em Guarulhos e um terceiro na Cidade do Panamá, com destino a San José, Costa Rica. O potencial para algo dar errado e a sua bagagem ficar pelo meio do caminho é bem alto.
Isso me lembra a piada do cara que chega no check-in e diz:
– Por favor, mande essa mala para Xangai e essa outra para Moscou.
– Infelizmente não podemos fazer isso, senhor, pois seu vôo é para Miami! – responde a atendente
– Mas por que não? Na última vez vocês despacharam para esses locais e eu não pedi. Quem sabe se dessa vez, eu pedindo, vocês “erram” para o destino correto?!
A roubada “aérea” também pode vir de outras formas: reservas que caíram, overbooking, vôos atrasados, conexões perdidas, além do fantástico apagão aéreo que assolou o Brasil em 2006 e 2007.
Lembro-me que na minha primeira viagem à Europa, em 1986, viajei de Aerolineas Argentinas, que vinha de um período de greves do seu pessoal. Com isso, os vôos saíam lotados de Buenos Aires e dava overbooking na escala no Galeão. Chegamos com bastante antecedência, mas a fila já estava enorme e não andava. O tempo ia passando e a fila não andava! A hora do embarque já estava começando e ainda continuávamos na fila. Quando conseguimos chegar ao guichê restavam apenas duas vagas no vôo... e fomos os últimos a serem embarcados. Ufa! Escapamos dessa por um triz!
Ser “sorteado” com um overbooking é mais que uma roubada, é prejuízo na certa. Tal como um castelo de cartas que desmorona, os problemas vão acontecendo em sequência. Você não embarca e gera um “no-show” no hotel de destino. Se o vôo tem conexões, você irá perdê-las e todas as demais reservas de vôos irão inevitavelmente cair. Pior que isso, se a companhia aérea da conexão for outra, o problema é seu e não dela. Se tem reserva para aluguel de veículo, ela também será cancelada. Se tem uma excursão ou cruzeiro contratado, eles sairão sem você a bordo. No mínimo, seu planejamento de férias passa a ter que ser totalmente refeito... com pelo menos um dia a menos. Ninguém merece!
Em pleno apagão aéreo de 2007, eu e Mary saímos de férias para a Europa. Originalmente teríamos três horas entre o pouso doméstico e a conexão internacional. Tempo suficiente? Nem tanto, meu caro. O primeiro problema era que o vôo Brasília/São Paulo, com a Varig, pousava em Congonhas... e a conexão para Frankfurt saía de Guarulhos. Por que me submeti a isso? Porque o bilhete era originário de milhagem... e em cavalo dado não se olham os dentes. Principalmente se você tinha que torrar as suas preciosas milhas porque a mãe do tal cavalo se chamava Varig e já tinha recebido extrema-unção.
Em “condições normais de temperatura e pressão” deve-se considerar uma hora para um deslocamento tranqüilo entre Congonhas e Guarulhos, mas... Mas São Paulo tem peculiaridades próprias. Basta chover que esse tempo de deslocamento vai para a estratosfera. Pior que isso era o que se passava com Congonhas naquela época. O fechamento por condições meteorológicas, gerando atrasos de horas e cancelamentos dos vôos eram mais que freqüentes. Que fazer? Entre perder a conexão para Frankfurt e “criar raízes” em Guarulhos, optamos pela segunda. Transferimos nosso vôo para São Paulo para o período da manhã e ficamos mais de doze horas “bestando” em Guarulhos.
Excesso de precaução? Concordo, mas sou filho de mineiro e mineiro não perde o trem! Nem o avião!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Pequenas roubadas II - mais cartão de crédito
Veja também o post "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado".
Quem já esteve em Évora, Portugal, provavelmente se deliciou no restaurante mais famoso da cidade, “O Fialho”. Além de mim (haja pretensão, né), outros brasileiros famosos como o Lula e o FHC também estiveram por lá, mas só os dois têm as fotos dependuradas na parede. No Fialho tudo é delicioso e as porções são muito, mas MUITO bem servidas.
Éramos um grupo de seis e começamos com os “acepipes” variados! Continuamos com um prato de cordeiro! Já estávamos jogando a toalha quando chegou o prato de javali. Resolvemos fazer mais esse “sacrifício”!!
– Ó, pá, mas os senhores não vão fazer a desfeita de sair sem experimentar umas sobremesas nossas, vão?
Aceitamos, mas com a condição de que o gerente providenciasse uma UTI móvel que nos levasse de volta ao hotel.
Já tínhamos dobrado o “Cabo da Boa Esperança” quando chegou a conta... bem “gorda” e compatível com a orgia gastronômica que havíamos acabado de passar, regada a bons e caros vinhos do Alentejo. Meu cartão foi recusado. O meu e o de mais quatro! Após “trocentas” tentativas e meia hora depois, só um colega nosso continuou tendo seu cartão recusado, sob gozações e comentários dos mais desabonadores por parte dos demais.
Outra experiência inesquecível passamos em um posto de pedágio automático no sul da França, perto de Nice. Em duas das três cabines o pagamento era feito com moedas, diretamente em um baita coletor que calculava automaticamente o valor recebido e liberava a cancela. Já tínhamos passado por uns outros dois pedágios desses, que são bem mais rápidos e práticos que o pagamento manual. Paramos e, na hora de pagar, cata moeda daqui, moeda dali... descobrimos que faltavam dez centavos de Euro. Olhei pelo retrovisor e vi outros dois carros parados atrás da gente. Opção alternativa, usar o cartão de crédito. Enfiei o Visa e a máquina retornou a mensagem “Cartão inválido!”. Enfiei o Mastercard e recebi a mesmíssima mensagem!! A essa altura a fila já estava um tanto longa e o motorista atrás do nosso carro, apesar de ainda não ter chegado ao extremo de aplicar um sonoro buzinaço, já demonstrava claros sinais de irritação! Fui salvo por um empregado da empresa de pedágio que desviou os demais carros para as outras cabinas para que eu pudesse dar ré e ir até aquela que aceitava o pagamento manual. E lá fomos nós, sob o olhar de reprovação geral! Tenho certeza que minha mãezinha ficou com a orelha pra lá de vermelha!!
Pior que situações como essas é ter o seu cartão bloqueado por “excesso de zelo” por parte da administradora. Foi o que ocorreu comigo no Paraguai. Na semana anterior estava participando de uma reunião na América Central e de lá fui para uma outra em Assunção. O que os carinhas da operadora de cartão pensaram? Que o cartão só podia estar clonado! Qual é o indivíduo normal que faz uma compra em San Salvador e no outro dia está gastando em Assunção?! Suspeito, muito suspeito! Bloquearam o cartão e ligaram para a minha casa. É óbvio que eu não estava lá para confirmar as compras e por mais que a minha esposa quisesse saber o motivo da ligação, eles se recusaram a informar. O problema estourou na hora de pagar a conta no hotel! Cartão recusado com mensagem “bloqueado pela administradora” e o constrangimento do olhar capcioso e de reprovação do atendente que, com toda certeza, pensava:
– E esses brasileiros ainda falam de nós paraguaios!
Como eu não tinha dólares suficientes, fui socorrido por um colega, que pagou a conta... mas saí bufando de lá!!
Ah, antes que eu me esqueça, foi a última vez que usei um cartão da Credicard.
Quem já esteve em Évora, Portugal, provavelmente se deliciou no restaurante mais famoso da cidade, “O Fialho”. Além de mim (haja pretensão, né), outros brasileiros famosos como o Lula e o FHC também estiveram por lá, mas só os dois têm as fotos dependuradas na parede. No Fialho tudo é delicioso e as porções são muito, mas MUITO bem servidas.
Éramos um grupo de seis e começamos com os “acepipes” variados! Continuamos com um prato de cordeiro! Já estávamos jogando a toalha quando chegou o prato de javali. Resolvemos fazer mais esse “sacrifício”!!
– Ó, pá, mas os senhores não vão fazer a desfeita de sair sem experimentar umas sobremesas nossas, vão?
Aceitamos, mas com a condição de que o gerente providenciasse uma UTI móvel que nos levasse de volta ao hotel.
Já tínhamos dobrado o “Cabo da Boa Esperança” quando chegou a conta... bem “gorda” e compatível com a orgia gastronômica que havíamos acabado de passar, regada a bons e caros vinhos do Alentejo. Meu cartão foi recusado. O meu e o de mais quatro! Após “trocentas” tentativas e meia hora depois, só um colega nosso continuou tendo seu cartão recusado, sob gozações e comentários dos mais desabonadores por parte dos demais.
Outra experiência inesquecível passamos em um posto de pedágio automático no sul da França, perto de Nice. Em duas das três cabines o pagamento era feito com moedas, diretamente em um baita coletor que calculava automaticamente o valor recebido e liberava a cancela. Já tínhamos passado por uns outros dois pedágios desses, que são bem mais rápidos e práticos que o pagamento manual. Paramos e, na hora de pagar, cata moeda daqui, moeda dali... descobrimos que faltavam dez centavos de Euro. Olhei pelo retrovisor e vi outros dois carros parados atrás da gente. Opção alternativa, usar o cartão de crédito. Enfiei o Visa e a máquina retornou a mensagem “Cartão inválido!”. Enfiei o Mastercard e recebi a mesmíssima mensagem!! A essa altura a fila já estava um tanto longa e o motorista atrás do nosso carro, apesar de ainda não ter chegado ao extremo de aplicar um sonoro buzinaço, já demonstrava claros sinais de irritação! Fui salvo por um empregado da empresa de pedágio que desviou os demais carros para as outras cabinas para que eu pudesse dar ré e ir até aquela que aceitava o pagamento manual. E lá fomos nós, sob o olhar de reprovação geral! Tenho certeza que minha mãezinha ficou com a orelha pra lá de vermelha!!
Pior que situações como essas é ter o seu cartão bloqueado por “excesso de zelo” por parte da administradora. Foi o que ocorreu comigo no Paraguai. Na semana anterior estava participando de uma reunião na América Central e de lá fui para uma outra em Assunção. O que os carinhas da operadora de cartão pensaram? Que o cartão só podia estar clonado! Qual é o indivíduo normal que faz uma compra em San Salvador e no outro dia está gastando em Assunção?! Suspeito, muito suspeito! Bloquearam o cartão e ligaram para a minha casa. É óbvio que eu não estava lá para confirmar as compras e por mais que a minha esposa quisesse saber o motivo da ligação, eles se recusaram a informar. O problema estourou na hora de pagar a conta no hotel! Cartão recusado com mensagem “bloqueado pela administradora” e o constrangimento do olhar capcioso e de reprovação do atendente que, com toda certeza, pensava:
– E esses brasileiros ainda falam de nós paraguaios!
Como eu não tinha dólares suficientes, fui socorrido por um colega, que pagou a conta... mas saí bufando de lá!!
Ah, antes que eu me esqueça, foi a última vez que usei um cartão da Credicard.
Pequenas Roubadas I - cartão de crédito recusado
Costumo dizer brincando que quem não passou pelo pronto-socorro quando era criança não teve uma infância feliz. Talvez, na era do vídeo-game e das crianças que só conhecem vaca pela TV, isso possa parecer uma baita estupidez. Mas quem teve uma infância de subir em árvores, jogar bola em terreno baldio, fazer guerra de mamona, procurar caju em pleno cerrado, brincar de pique-esconde em obra abandonada, galopar a cavalo, de ficar zoando com o pastor alemão do vizinho, entende do que estou falando. Com toda certeza já passou pelo menos uma vez no pronto-socorro para tomar vacina antitetânica, vacina anti-rábica, colocar o braço no gesso, tomar meia dúzia de pontos na testa... O mais incrível é que sobrevivemos! E fomos felizes, muito felizes!!
Viajar é algo semelhante. Quem viaja sempre se depara com pequenas roubadas. Na hora elas fazem a gente ferver de raiva, mas depois acabam sendo motivo de muita risada.
Duvido que você nunca tenha recebido aquele pedido irrecusável da esposa do chefe para comprar um filhote de elefante, logo na primeira escala de uma viagem ao exterior, para ter que arrastar o traste por longos 30 dias de férias...
– Sabe, não quero incomodar! Compre só se não der trabalho!
Apesar de ter ganas de voar no pescoço da megera, você sorri e diz:
– Que nada, Dona Fulana, vai ser um prazer!
Nesses casos, o melhor é agir como recomenda o Ricardo Freire (Ricardo Freire, Viaje na Viagem, 3ª edição, Editora Mandarim, 1999) - diga não e ponto final! O pior é que nem sempre se pode dizer não. Às vezes, o melhor é voltar com as mãos abanando e dizer com a cara mais deslavada possível:
– Bem que procurei, sabe, mas não consegui encontrar!
As pequenas roubadas que um viajante encara são dos tipos mais variados possíveis!
Por exemplo, nos dias de hoje ninguém ousa viajar sem cartão, mas... Mas só quem teve um cartão de crédito recusado sabe o desconforto que é ouvir o tradicional “houve um problema senhor, mas seu cartão foi recusado” e ter que suportar aquele olhar de “que carinha pilantra, hem!” que o lojista ou o garçom lhe dirige. O pior é que nessas horas ninguém, nem o companheiro de viagem, vai acreditar que o problema é de qualquer um, menos seu, e que o saldo no cartão recusado está pra lá de positivo!!
Não sei se é o seu caso, mas eu já passei algumas vezes por essa desagradável situação. Uma delas foi em um restaurante de Florença, onde TUDO deu errado. Apesar do restaurante ter sido bem recomendado, demorou uma barbaridade para conseguirmos mesa, outra eternidade para sermos atendidos, mais três horas para vir o prato... que veio errado. Fomos reclamando, reclamando, reclamando até o pagamento da conta. Não sei se foi vingança ou picuinha deles, mas o cartão foi recusado e tivemos que pagar a conta em dinheiro. No dia seguinte, em outro local, o cartão passou sem problemas. É por essas e por outras que não é prudente confiar apenas no uso do dinheiro plástico. Ter um certo valor em moeda local para cobrir esses tipos de emergências é mais que prudente! É fundamental!
Viajar é algo semelhante. Quem viaja sempre se depara com pequenas roubadas. Na hora elas fazem a gente ferver de raiva, mas depois acabam sendo motivo de muita risada.
Duvido que você nunca tenha recebido aquele pedido irrecusável da esposa do chefe para comprar um filhote de elefante, logo na primeira escala de uma viagem ao exterior, para ter que arrastar o traste por longos 30 dias de férias...
– Sabe, não quero incomodar! Compre só se não der trabalho!
Apesar de ter ganas de voar no pescoço da megera, você sorri e diz:
– Que nada, Dona Fulana, vai ser um prazer!
Nesses casos, o melhor é agir como recomenda o Ricardo Freire (Ricardo Freire, Viaje na Viagem, 3ª edição, Editora Mandarim, 1999) - diga não e ponto final! O pior é que nem sempre se pode dizer não. Às vezes, o melhor é voltar com as mãos abanando e dizer com a cara mais deslavada possível:
– Bem que procurei, sabe, mas não consegui encontrar!
As pequenas roubadas que um viajante encara são dos tipos mais variados possíveis!
Por exemplo, nos dias de hoje ninguém ousa viajar sem cartão, mas... Mas só quem teve um cartão de crédito recusado sabe o desconforto que é ouvir o tradicional “houve um problema senhor, mas seu cartão foi recusado” e ter que suportar aquele olhar de “que carinha pilantra, hem!” que o lojista ou o garçom lhe dirige. O pior é que nessas horas ninguém, nem o companheiro de viagem, vai acreditar que o problema é de qualquer um, menos seu, e que o saldo no cartão recusado está pra lá de positivo!!
Não sei se é o seu caso, mas eu já passei algumas vezes por essa desagradável situação. Uma delas foi em um restaurante de Florença, onde TUDO deu errado. Apesar do restaurante ter sido bem recomendado, demorou uma barbaridade para conseguirmos mesa, outra eternidade para sermos atendidos, mais três horas para vir o prato... que veio errado. Fomos reclamando, reclamando, reclamando até o pagamento da conta. Não sei se foi vingança ou picuinha deles, mas o cartão foi recusado e tivemos que pagar a conta em dinheiro. No dia seguinte, em outro local, o cartão passou sem problemas. É por essas e por outras que não é prudente confiar apenas no uso do dinheiro plástico. Ter um certo valor em moeda local para cobrir esses tipos de emergências é mais que prudente! É fundamental!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Conclusões inconclusivas II - Chile 5/5/2011
Ir ao Chile deu uma baita tristeza do nosso Brasil, eternamente empacado e com os nossos políticos e grandes empresários se locupletando, desperdiçando o nosso tão sofrido e suado dinheiro que contribuímos em impostos.
Lá no Chile eles têm terremotos, vulcões, tsunamis, desertos, montanhas escarpadas, geleiras... nós moramos no paraíso. Lá eles têm um PIB 162 bilhões de dólares... o nosso PIB ultrapassa os 2 trilhões de dólares. Lá a renda per capita é de cerca de US$ 10000... a nossa é de mais de US$ 11000. A economia deles é muito, mas MUITO menos pujante que a nossa, se baseando em cobre, frutas, salmão e outros pescados, vinho ... e turismo. Só?!!! É, é só isso!!
Mas se somos tão melhores em tudo isso, por que então que 80% das crianças chilenas estudam em escola pública e nosso sistema público de ensino é essa lástima que todos conhecemos? Por que será que não vimos um ÚNICO buraco nas estradas chilenas, mesmo nas secundárias? Por que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) deles é o 45º do mundo (a duas posições de entrar na categoria “muito alto” e estar entre os países mais desenvolvidos do mundo) e o nosso está na posição 75 (a 12 posições para cair para a categoria “média” e fazer companhia a países como Suriname, Bolívia e Paraguai, só para ficar entre os países da América do Sul)?
Sinceramente não sei responder e se alguém aí tiver uma resposta, por favor me mande. Mas confesso que tudo isso me dá uma profunda tristeza!
Saímos do Brasil debaixo de um caos completo no aeroporto de Guarulhos, o que me dá a absoluta certeza de que passaremos vergonha durante a Copa de 2014. A fila para controle de bagagem e controle de passaportes vazava (e MUITO) para o lado de fora. Na imigração, os agentes da Polícia Federal gritavam “próximo” e você tinha que adivinhar qual deles tinha gritado. Levamos cerca de uma hora e meia até conseguirmos chegar ao portão de embarque.
No Chile, encontramos um aeroporto amplo, limpo e moderno e, na imigração, o esperado, civilizado, barato e nem um pouco tecnologicamente complexo indicador luminoso de qual guichê deveríamos nos dirigir. Alguém gritando “próximo”? Nem pensar!! Apesar de termos chegado depois da meia noite, aguardavam mais do dobro de agentes de imigração do que encontramos na muvuca de Guarulhos.
Impressionou a nós a gentileza e educação do chileno. Buzina no tráfego? Não ouvimos uma ÚNICA sequer, apesar deles ignorarem solenemente o pisca-pisca onde você indica a mudança de pista.
Nas esquinas das ruas onde não há semáforo para pedestres, eles simplesmente atravessam sem se preocupar se vem carro ou não. É OBRIGAÇÃO do motorista estar atento e parar para o pedestre passar! E ninguém se estressa!
Nas principais vias existem corredores exclusivos para ônibus e táxis. Sabe quantos motoristas vimos dando o tradicional “jeitinho” e usando a pista proibida? Exato, NENHUMZINHO!!!
E mesmo na hora do rush, não vimos nenhum congestionamento daqueles que fazem a felicidade do fígado dos motoristas das nossas grandes metrópoles. Ah, e NINGUÉM bloqueia os cruzamentos, ajudando o tráfego a fluir mais livremente.
Nas autoestradas é obrigatório TODOS os veículos trafegarem com luz acesa. Esquecemos de acender uma vez e fomos parados no primeiro posto de carabineros (os policiais chilenos), onde ele (sempre educado, gentil e solícito) pediu que acendêssemos as luzes do carro para nossa segurança e a dos demais motoristas. Nos informou ainda que os acidentes caíram em 80% depois que a lei foi adotada. O percentual pode até ser discutido, mas a verdade é que não vimos um único acidente em estrada durante todo o tempo que lá estivemos. E olha que rodamos mais de 4000km por lá. Ah, ia me esquecendo! Aqui no Brasil também é obrigatório trafegar com as luzes acesas... mas quem se importa, não é mesmo?!!
Outro detalhe interessante: ao parar no acostamento, TODOS usam o pisca-alerta!!!
O Chile não é nenhum país especial e nem pode ser considerado país de primeiro mundo. Longe disso! Mas a impressão que tenho é a de que eles têm a consciência de que os recursos disponíveis são escassos e que devem ser bem utilizados. Afinal, a qualquer momento o país pode sofrer as consequências de um forte terremoto, como o de 2010, onde as obras de reconstrução podem ser vistas em várias cidades.
Por aqui, “sabemos” muito bem para onde vai o nosso suado dinheirinho... mas tudo bem, se faltar basta aumentar a carga tributária que ninguém irá para as ruas reclamar. E por falar em carga tributária, em 2007 a carga tributária do Chile representava 21% do PIB... enquanto a nossa ultrapassava os 36% naquele ano, superando os 40% no ano passado!
Corrupção? Duvido que esse câncer não exista por lá. Mas em duas semanas não vimos nenhum escândalo estampado nos jornais e televisão. Pelo menos a corrupção parece não ter chegado ao estágio de metástase que temos por aqui. Por aqui um certo ministro multiplica seu patrimônio por vinte em quatro anos e ninguém do governo, nem da sociedade e, obviamente, ninguém daquele partido que um dia se apresentou como o arquétipo da lisura e correição expressa qualquer indignação. Deprimente!
Bem, o jeito é aplaudir os chilenos e tentar ser uma gota no oceano que não aceita o status-quo e busca transformações aqui no Brasil... mesmo sabendo que não vai dar em nada!
Foi com esses pensamentos que desembarcamos no Brasil e nos dirigimos à Polícia Federal para a imigração... para ouvir: “PRÓXIMO”!!!
Lá no Chile eles têm terremotos, vulcões, tsunamis, desertos, montanhas escarpadas, geleiras... nós moramos no paraíso. Lá eles têm um PIB 162 bilhões de dólares... o nosso PIB ultrapassa os 2 trilhões de dólares. Lá a renda per capita é de cerca de US$ 10000... a nossa é de mais de US$ 11000. A economia deles é muito, mas MUITO menos pujante que a nossa, se baseando em cobre, frutas, salmão e outros pescados, vinho ... e turismo. Só?!!! É, é só isso!!
Mas se somos tão melhores em tudo isso, por que então que 80% das crianças chilenas estudam em escola pública e nosso sistema público de ensino é essa lástima que todos conhecemos? Por que será que não vimos um ÚNICO buraco nas estradas chilenas, mesmo nas secundárias? Por que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) deles é o 45º do mundo (a duas posições de entrar na categoria “muito alto” e estar entre os países mais desenvolvidos do mundo) e o nosso está na posição 75 (a 12 posições para cair para a categoria “média” e fazer companhia a países como Suriname, Bolívia e Paraguai, só para ficar entre os países da América do Sul)?
Sinceramente não sei responder e se alguém aí tiver uma resposta, por favor me mande. Mas confesso que tudo isso me dá uma profunda tristeza!
Saímos do Brasil debaixo de um caos completo no aeroporto de Guarulhos, o que me dá a absoluta certeza de que passaremos vergonha durante a Copa de 2014. A fila para controle de bagagem e controle de passaportes vazava (e MUITO) para o lado de fora. Na imigração, os agentes da Polícia Federal gritavam “próximo” e você tinha que adivinhar qual deles tinha gritado. Levamos cerca de uma hora e meia até conseguirmos chegar ao portão de embarque.
No Chile, encontramos um aeroporto amplo, limpo e moderno e, na imigração, o esperado, civilizado, barato e nem um pouco tecnologicamente complexo indicador luminoso de qual guichê deveríamos nos dirigir. Alguém gritando “próximo”? Nem pensar!! Apesar de termos chegado depois da meia noite, aguardavam mais do dobro de agentes de imigração do que encontramos na muvuca de Guarulhos.
Impressionou a nós a gentileza e educação do chileno. Buzina no tráfego? Não ouvimos uma ÚNICA sequer, apesar deles ignorarem solenemente o pisca-pisca onde você indica a mudança de pista.
Nas esquinas das ruas onde não há semáforo para pedestres, eles simplesmente atravessam sem se preocupar se vem carro ou não. É OBRIGAÇÃO do motorista estar atento e parar para o pedestre passar! E ninguém se estressa!
Nas principais vias existem corredores exclusivos para ônibus e táxis. Sabe quantos motoristas vimos dando o tradicional “jeitinho” e usando a pista proibida? Exato, NENHUMZINHO!!!
E mesmo na hora do rush, não vimos nenhum congestionamento daqueles que fazem a felicidade do fígado dos motoristas das nossas grandes metrópoles. Ah, e NINGUÉM bloqueia os cruzamentos, ajudando o tráfego a fluir mais livremente.
Nas autoestradas é obrigatório TODOS os veículos trafegarem com luz acesa. Esquecemos de acender uma vez e fomos parados no primeiro posto de carabineros (os policiais chilenos), onde ele (sempre educado, gentil e solícito) pediu que acendêssemos as luzes do carro para nossa segurança e a dos demais motoristas. Nos informou ainda que os acidentes caíram em 80% depois que a lei foi adotada. O percentual pode até ser discutido, mas a verdade é que não vimos um único acidente em estrada durante todo o tempo que lá estivemos. E olha que rodamos mais de 4000km por lá. Ah, ia me esquecendo! Aqui no Brasil também é obrigatório trafegar com as luzes acesas... mas quem se importa, não é mesmo?!!
Outro detalhe interessante: ao parar no acostamento, TODOS usam o pisca-alerta!!!
O Chile não é nenhum país especial e nem pode ser considerado país de primeiro mundo. Longe disso! Mas a impressão que tenho é a de que eles têm a consciência de que os recursos disponíveis são escassos e que devem ser bem utilizados. Afinal, a qualquer momento o país pode sofrer as consequências de um forte terremoto, como o de 2010, onde as obras de reconstrução podem ser vistas em várias cidades.
Por aqui, “sabemos” muito bem para onde vai o nosso suado dinheirinho... mas tudo bem, se faltar basta aumentar a carga tributária que ninguém irá para as ruas reclamar. E por falar em carga tributária, em 2007 a carga tributária do Chile representava 21% do PIB... enquanto a nossa ultrapassava os 36% naquele ano, superando os 40% no ano passado!
Corrupção? Duvido que esse câncer não exista por lá. Mas em duas semanas não vimos nenhum escândalo estampado nos jornais e televisão. Pelo menos a corrupção parece não ter chegado ao estágio de metástase que temos por aqui. Por aqui um certo ministro multiplica seu patrimônio por vinte em quatro anos e ninguém do governo, nem da sociedade e, obviamente, ninguém daquele partido que um dia se apresentou como o arquétipo da lisura e correição expressa qualquer indignação. Deprimente!
Bem, o jeito é aplaudir os chilenos e tentar ser uma gota no oceano que não aceita o status-quo e busca transformações aqui no Brasil... mesmo sabendo que não vai dar em nada!
Foi com esses pensamentos que desembarcamos no Brasil e nos dirigimos à Polícia Federal para a imigração... para ouvir: “PRÓXIMO”!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Conclusões inconclusivas I - Chile 4/5/2011
Olhando os Andes lá embaixo (uma visão incrível!), cai a ficha e percebo que nossa viagem ao Chile virou passado... um momento para reflexões.
Você está me perguntando se valeu a pena? É claro que sim!!! Mas com base em tudo o que vivenciamos, hoje eu faria uma viagem bem diferente. Mas BEEEEM diferente mesmo!!!
Não iria à Isla Negra, casa de Neruda. Fica longe e pouco acrescentou.
Valparaíso só vale a pena porque está do lado de Viña del Mar, que é uma gracinha de cidade. Sairia BEM cedo de Santiago, faria o passeio nas duas cidades e retornaria no fim do dia.
As vinícolas do Vale de Casablanca são mais sofisticadas que as grandes vinícolas do Vale Central. Há muitas vinícolas por lá e gostei muito de ter visitado a Casas del Bosque. Por ser uma vinícola pequena e por termos recomendação, fomos recebidos de uma forma que jamais seríamos numa gigante como Concha y Toro ou Santa Helena. No caso da Casas del Bosque, vale a pena almoçar no restaurante deles. A comida é fantástica e não saia de lá sem comprar uma caixa dos vinhos deles!!! Meio dia aqui é o suficiente, a menos que queira incluir visita a outras vinícolas.
Santiago? Reserve um dia para visitar o centrão histórico, opte por almoçar em qualquer outro lugar que não seja o Mercado Central e pronto. Use mais uns dois dias para passear na parte nova da cidade, na região de Las Condes e, quem sabe, um outro para visitar uma estação de esqui perto de Santiago.
Do resto, vá de ônibus até Valdívia e alugue um carro por lá. Esqueça o miolão que fica entre Santiago e Pucon. É pura perda de tempo!!!
Nessa região conheça Pucon que é uma cidade que cativa e o lago e vulcão Villarica são incríveis. Ao invés descer pelo interiorzão como fizemos, volte para a autoestrada e poupe tempo ao se dirigir para Frutillar/Puerto Varas. Nossas características se afinam melhor com uma cidadezinha como Frutillar, mas a maioria das pessoas fica em Puerto Varas que tem mais vida e um cassino.
O forte da região é visitar os lagos Llanquihue e Todos Los Santos, os Saltos Petrohue e desfrutar a indescritível beleza do vulcão Osorno. Dá até mesmo para fazer a tradicional travessia dos lagos e chegar até Bariloche!
Puerto Montt? Não vale a pena despencar de Santiago para conhecê-la, mas já que está por lá, não custa nada gastar um diazinho. Chiloé? Nem pensar! Só mesmo para um doido como eu!
Chegamos a pensar em ir até a Ilha da Páscoa mas desistimos. É MUITO, mas MUUUUUUUITO caro para ficar um ou dois dias por lá. Espere para quando você decidir ir até o Tahiti e faça uma escala na Ilha da Páscoa. Fica a meio caminho do Tahiti, todos os aviões da LAN fazem escala por lá e não vai lhe custar um tostão a mais no preço do bilhete aéreo!
Tem outras duas coisas que várias pessoas nos recomendaram: passeios de barco pelos lagos, geleiras e ilhas ao sul de Puerto Montt (e sinceramente não sei os custos e o tempo que isso levaria) e a região desértica no norte do Chile, que todos dizem que é de uma beleza incrível. Algo a conferir em uma outra viagem. Quando? Nem tão cedo, imagino. Tem MUITA coisa bonita que ainda não conheço no mundo para que eu volte a colocar o Chile na minha “wishing list”!!!
Ah! E se o seu casamento estiver ruim e quiser se livrar de sua mulher, mande ela para Vichuquén! Mas mande pelo correio pois não vale a pena o sacrifício de chegar até lá!!!
Você está me perguntando se valeu a pena? É claro que sim!!! Mas com base em tudo o que vivenciamos, hoje eu faria uma viagem bem diferente. Mas BEEEEM diferente mesmo!!!
Não iria à Isla Negra, casa de Neruda. Fica longe e pouco acrescentou.
Valparaíso só vale a pena porque está do lado de Viña del Mar, que é uma gracinha de cidade. Sairia BEM cedo de Santiago, faria o passeio nas duas cidades e retornaria no fim do dia.
As vinícolas do Vale de Casablanca são mais sofisticadas que as grandes vinícolas do Vale Central. Há muitas vinícolas por lá e gostei muito de ter visitado a Casas del Bosque. Por ser uma vinícola pequena e por termos recomendação, fomos recebidos de uma forma que jamais seríamos numa gigante como Concha y Toro ou Santa Helena. No caso da Casas del Bosque, vale a pena almoçar no restaurante deles. A comida é fantástica e não saia de lá sem comprar uma caixa dos vinhos deles!!! Meio dia aqui é o suficiente, a menos que queira incluir visita a outras vinícolas.
Santiago? Reserve um dia para visitar o centrão histórico, opte por almoçar em qualquer outro lugar que não seja o Mercado Central e pronto. Use mais uns dois dias para passear na parte nova da cidade, na região de Las Condes e, quem sabe, um outro para visitar uma estação de esqui perto de Santiago.
Do resto, vá de ônibus até Valdívia e alugue um carro por lá. Esqueça o miolão que fica entre Santiago e Pucon. É pura perda de tempo!!!
Nessa região conheça Pucon que é uma cidade que cativa e o lago e vulcão Villarica são incríveis. Ao invés descer pelo interiorzão como fizemos, volte para a autoestrada e poupe tempo ao se dirigir para Frutillar/Puerto Varas. Nossas características se afinam melhor com uma cidadezinha como Frutillar, mas a maioria das pessoas fica em Puerto Varas que tem mais vida e um cassino.
O forte da região é visitar os lagos Llanquihue e Todos Los Santos, os Saltos Petrohue e desfrutar a indescritível beleza do vulcão Osorno. Dá até mesmo para fazer a tradicional travessia dos lagos e chegar até Bariloche!
Puerto Montt? Não vale a pena despencar de Santiago para conhecê-la, mas já que está por lá, não custa nada gastar um diazinho. Chiloé? Nem pensar! Só mesmo para um doido como eu!
Chegamos a pensar em ir até a Ilha da Páscoa mas desistimos. É MUITO, mas MUUUUUUUITO caro para ficar um ou dois dias por lá. Espere para quando você decidir ir até o Tahiti e faça uma escala na Ilha da Páscoa. Fica a meio caminho do Tahiti, todos os aviões da LAN fazem escala por lá e não vai lhe custar um tostão a mais no preço do bilhete aéreo!
Tem outras duas coisas que várias pessoas nos recomendaram: passeios de barco pelos lagos, geleiras e ilhas ao sul de Puerto Montt (e sinceramente não sei os custos e o tempo que isso levaria) e a região desértica no norte do Chile, que todos dizem que é de uma beleza incrível. Algo a conferir em uma outra viagem. Quando? Nem tão cedo, imagino. Tem MUITA coisa bonita que ainda não conheço no mundo para que eu volte a colocar o Chile na minha “wishing list”!!!
Ah! E se o seu casamento estiver ruim e quiser se livrar de sua mulher, mande ela para Vichuquén! Mas mande pelo correio pois não vale a pena o sacrifício de chegar até lá!!!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Rachel - Chile 3/5/2011
Pé na estrada de volta a Santiago!
É sair de Valparaíso/Viña del Mar que a bruma some e as montanhas aparecem. Acho esses sobretons das montanhas ao longe algo simplesmente lindo!!!
Se você pesquisar 20 guias sobre turismo em Santiago, todos eles vão indicar as mesmíssimas coisas a serem visitadas: Igreja de San Francisco, Palácio La Moneda, Mercado Central, blá, blá, blá... Interessante, mas nada que cause um frisson.
Lojas? Tem três lojas de departamento que dominam o comércio: Paris, Ripley e Falabella. Não tenho nenhuma sensibilidade feminina, mas as três me pareceram nada mais que uma Riachuelo anabolizada. Tem até muita coisa bonita e diferente... mas a qualidade não é nenhuma brastemp segundo a Mary, que estava frustradíssima com a distância entre a expectativa que todas as pessoas que visitaram Santiago colocaram nela e aquilo que ela viu nessa parte central da cidade.
E lá vai o Edu para a internet para buscar algo diferente para fazer os olhos da Mary brilharem! Descobri um shopping chamado Parque Arauco, recomendado por 11 em cada 10 mulheres que passam por Santiago.
Já que estávamos voltando a Santiago, por que não fazer uma surpresa para ela e, em vez de chegar no hotel, aportar em um maravilhoso shopping?!
E aí entra a Rachel, sempre uma companheirona de viagem. Pra quem está chegando agora, a Rachel é o nome do nosso aparelho de GPS, que foi tão maravilhoso na nossa última viagem aos EUA que ganhou status de companheira de viagem e um nome.
Acontece que ela andou pisando no tomate nessa viagem. O problema é que o mapa do Chile que estava armazenado no GPS era incompleto e desatualizado. Ou seja, a maioria das cidades onde estivemos nem consta do mapa, a maioria das ruas idem, ruas de 15km de comprimento só constavam com o nome e ela lhe enviava lááááá para o inicio da mesma, direção de tráfego desatualizada, alterações de via idem... Ou seja, muitas vezes ela atrapalhou feio e se eu não tivesse muito jogo de cintura o mais provável era que eu e a Mary ainda estivéssemos lá no Chile... literalmente PERDIDOS!!!
E nessa volta a Santiago, a Rachel pisou de novo no tomate e roeu a corda da minha surpresa ao se perder na ida ao shopping. Preferi parar no hotel e buscar mais informações sobre o Parque Arauco. Busquei algo infalível como COORDENADAS geográficas. Se você tem GPS, anote aí um site que pode ser útil: http://itouchmap.com/latlong.html.
A surpresa já tinha ido pro espaço, parte do dia também, mas lá vamos nós pro Parque Arauco! E foi aí que tivemos uma das melhores surpresas da viagem. Conhecemos a parte moderna e RICA da cidade. Algo completamente diferente daquele centrão antigo e sombrio onde estávamos enfurnados. Avenidas largas, prédios modernos, carros caros nas ruas, lojas de grife nas avenidas. Valeu a pena ver os olhos da Mary brilharem de novo, algo que não via desde Valdívia! Mas por que os guias não falam dessa parte moderna? Porque ela NÃO FICA em Santiago. Fica fora da cidade em uma localidade chamada Las Condes!!
O Parque Arauco, então, foi um achado!!! Um shopping grande, lindo, moderno e entupido de lojas e de gente bonita. Com o estômago roncando, começamos pela praça de alimentação... que fica ao ar livre como se fosse um parque em área nobre de Rio ou São Paulo. Desbundante!
Barriguinha cheia, a Mary foi se “divertir”. Objetivo? Encontrar o bendito casaco longo branco de lã que ela procurava desde que chegamos ao Chile. E olha que ela “apenasmente” entrou em 812 lojas de norte ao sul do país e viu/experimentou uns 4712 casacos desse tipo. O problema era que nenhum deles enchia os olhos da Mary! Coisas de mulher, entende?! Eu já teria resolvido isso a uns 4700 casacos atrás... mas eu sou homem!!
E não é que encontramos o danado do casaco?! Mais que isso, ela também se apaixonou por um outro casaco de lã marrom. Problema? Não tinha o número dela na loja, nem para o casaco branco, nem para o marrom! Fuça daqui, fuça dali, descobriram uma outra filial em outro shopping que tinha os dois casacos na numeração dela.
Como nada estava sendo simples na conquista desse casaco, a batata quente da vez era saber COMO chegar a esse outro shopping que ficava a uns 15km de onde estávamos. Entrei em uma loja de informática e consegui que o atendente me desse as coordenadas geográficas desse shopping. Tínhamos ainda umas duas horas até o horário de fechamento da outra loja.
Tempo mais que suficiente para 15km, concorda?! Nananinaná!!!
Vamos para uma breve aulinha de coordenadas geográficas. Uma coordenada geográfica dá uma localização absoluta de um ponto dentro do planeta. O problema é que existem três diferentes formas de expressar essa localização: “graus, minutos e segundos”, “graus e minutos decimais” e “graus decimais” que é a que eu mais uso... mas não foi a forma que o atendente me forneceu. Ele me passou S 33 21.153 W 70 31.240 (em graus e minutos decimais) e eu enfiei na Rachel S 33.21153 W 70.31240 (em graus decimais).
Pode parecer um errinho trivial, mas só percebemos o tamanho do desvio que estávamos fazendo quando entramos numa auto estrada e vimos uma placa indicando a direção de La Serena, cidade que fica no norte do país. Um errinho que estava nos levando a mais de 40km do destino desejado, para um local fora da estrada no meio da cordilheira dos Andes!!!!
Desconfiado da precisão das coordenadas que o atendente havia passado, me “virei nos 30” para conseguir achar o caminho de volta e chegar à loja. O que eu não podia era deixar a Mary sem os tão sonhados casacos e voltar para o Brasil com aquele gostinho de pirulito que foi roubado na sua boca!!!
Resumindo, depois de muito rodar, a Rachel nos ajudou dessa vez e conseguimos chegar... e faltava apenas meia hora para a loja fechar!!! Foi um verdadeiro sufoco, mas a Mary conseguiu comprar os danados dos casacos!
Comemoramos em alto estilo com um belo jantar em uma casa de carnes ao lado do shopping, que é pequenino mas sofisticado (você que é mulher anote aí: Shopping La Dehesa, em Lo Barnachea).
Tudo lindo, mas não poderíamos terminar nossa última noite em Santiago sem passar por um outro sufoco.
Coloquei as coordenadas do hotel na Rachel e lá fomos nós de volta “pra casa”!
Santiago tem uma rede de vias subterrâneas fantástica, que lhe leva rapidamente a diversos pontos da cidade, sem que você tenha que enfrentar todo o tráfego pesado da superfície. E a Rachel nos enfiou numa dessas vias expressas subterrâneas. Mas, o que acontece com os GPSs quando entram em túneis? Perdem o sinal de satélite e não servem PARA NADA!!! Quando conseguimos sair daquela via subterrânea, nem a Rachel sabia onde estávamos! O problema é que estávamos em um subúrbio nada recomendável. Parei em um posto de gasolina, reprogramei a Rachel e optei por voltar PELA SUPERFÍCIE!
O dia já tinha nos dado emoções em dose mais que o suficiente!!!
É sair de Valparaíso/Viña del Mar que a bruma some e as montanhas aparecem. Acho esses sobretons das montanhas ao longe algo simplesmente lindo!!!
Se você pesquisar 20 guias sobre turismo em Santiago, todos eles vão indicar as mesmíssimas coisas a serem visitadas: Igreja de San Francisco, Palácio La Moneda, Mercado Central, blá, blá, blá... Interessante, mas nada que cause um frisson.
Lojas? Tem três lojas de departamento que dominam o comércio: Paris, Ripley e Falabella. Não tenho nenhuma sensibilidade feminina, mas as três me pareceram nada mais que uma Riachuelo anabolizada. Tem até muita coisa bonita e diferente... mas a qualidade não é nenhuma brastemp segundo a Mary, que estava frustradíssima com a distância entre a expectativa que todas as pessoas que visitaram Santiago colocaram nela e aquilo que ela viu nessa parte central da cidade.
E lá vai o Edu para a internet para buscar algo diferente para fazer os olhos da Mary brilharem! Descobri um shopping chamado Parque Arauco, recomendado por 11 em cada 10 mulheres que passam por Santiago.
Já que estávamos voltando a Santiago, por que não fazer uma surpresa para ela e, em vez de chegar no hotel, aportar em um maravilhoso shopping?!
E aí entra a Rachel, sempre uma companheirona de viagem. Pra quem está chegando agora, a Rachel é o nome do nosso aparelho de GPS, que foi tão maravilhoso na nossa última viagem aos EUA que ganhou status de companheira de viagem e um nome.
Acontece que ela andou pisando no tomate nessa viagem. O problema é que o mapa do Chile que estava armazenado no GPS era incompleto e desatualizado. Ou seja, a maioria das cidades onde estivemos nem consta do mapa, a maioria das ruas idem, ruas de 15km de comprimento só constavam com o nome e ela lhe enviava lááááá para o inicio da mesma, direção de tráfego desatualizada, alterações de via idem... Ou seja, muitas vezes ela atrapalhou feio e se eu não tivesse muito jogo de cintura o mais provável era que eu e a Mary ainda estivéssemos lá no Chile... literalmente PERDIDOS!!!
E nessa volta a Santiago, a Rachel pisou de novo no tomate e roeu a corda da minha surpresa ao se perder na ida ao shopping. Preferi parar no hotel e buscar mais informações sobre o Parque Arauco. Busquei algo infalível como COORDENADAS geográficas. Se você tem GPS, anote aí um site que pode ser útil: http://itouchmap.com/latlong.html.
A surpresa já tinha ido pro espaço, parte do dia também, mas lá vamos nós pro Parque Arauco! E foi aí que tivemos uma das melhores surpresas da viagem. Conhecemos a parte moderna e RICA da cidade. Algo completamente diferente daquele centrão antigo e sombrio onde estávamos enfurnados. Avenidas largas, prédios modernos, carros caros nas ruas, lojas de grife nas avenidas. Valeu a pena ver os olhos da Mary brilharem de novo, algo que não via desde Valdívia! Mas por que os guias não falam dessa parte moderna? Porque ela NÃO FICA em Santiago. Fica fora da cidade em uma localidade chamada Las Condes!!
O Parque Arauco, então, foi um achado!!! Um shopping grande, lindo, moderno e entupido de lojas e de gente bonita. Com o estômago roncando, começamos pela praça de alimentação... que fica ao ar livre como se fosse um parque em área nobre de Rio ou São Paulo. Desbundante!
Barriguinha cheia, a Mary foi se “divertir”. Objetivo? Encontrar o bendito casaco longo branco de lã que ela procurava desde que chegamos ao Chile. E olha que ela “apenasmente” entrou em 812 lojas de norte ao sul do país e viu/experimentou uns 4712 casacos desse tipo. O problema era que nenhum deles enchia os olhos da Mary! Coisas de mulher, entende?! Eu já teria resolvido isso a uns 4700 casacos atrás... mas eu sou homem!!
E não é que encontramos o danado do casaco?! Mais que isso, ela também se apaixonou por um outro casaco de lã marrom. Problema? Não tinha o número dela na loja, nem para o casaco branco, nem para o marrom! Fuça daqui, fuça dali, descobriram uma outra filial em outro shopping que tinha os dois casacos na numeração dela.
Como nada estava sendo simples na conquista desse casaco, a batata quente da vez era saber COMO chegar a esse outro shopping que ficava a uns 15km de onde estávamos. Entrei em uma loja de informática e consegui que o atendente me desse as coordenadas geográficas desse shopping. Tínhamos ainda umas duas horas até o horário de fechamento da outra loja.
Tempo mais que suficiente para 15km, concorda?! Nananinaná!!!
Vamos para uma breve aulinha de coordenadas geográficas. Uma coordenada geográfica dá uma localização absoluta de um ponto dentro do planeta. O problema é que existem três diferentes formas de expressar essa localização: “graus, minutos e segundos”, “graus e minutos decimais” e “graus decimais” que é a que eu mais uso... mas não foi a forma que o atendente me forneceu. Ele me passou S 33 21.153 W 70 31.240 (em graus e minutos decimais) e eu enfiei na Rachel S 33.21153 W 70.31240 (em graus decimais).
Pode parecer um errinho trivial, mas só percebemos o tamanho do desvio que estávamos fazendo quando entramos numa auto estrada e vimos uma placa indicando a direção de La Serena, cidade que fica no norte do país. Um errinho que estava nos levando a mais de 40km do destino desejado, para um local fora da estrada no meio da cordilheira dos Andes!!!!
Desconfiado da precisão das coordenadas que o atendente havia passado, me “virei nos 30” para conseguir achar o caminho de volta e chegar à loja. O que eu não podia era deixar a Mary sem os tão sonhados casacos e voltar para o Brasil com aquele gostinho de pirulito que foi roubado na sua boca!!!
Resumindo, depois de muito rodar, a Rachel nos ajudou dessa vez e conseguimos chegar... e faltava apenas meia hora para a loja fechar!!! Foi um verdadeiro sufoco, mas a Mary conseguiu comprar os danados dos casacos!
Comemoramos em alto estilo com um belo jantar em uma casa de carnes ao lado do shopping, que é pequenino mas sofisticado (você que é mulher anote aí: Shopping La Dehesa, em Lo Barnachea).
Tudo lindo, mas não poderíamos terminar nossa última noite em Santiago sem passar por um outro sufoco.
Coloquei as coordenadas do hotel na Rachel e lá fomos nós de volta “pra casa”!
Santiago tem uma rede de vias subterrâneas fantástica, que lhe leva rapidamente a diversos pontos da cidade, sem que você tenha que enfrentar todo o tráfego pesado da superfície. E a Rachel nos enfiou numa dessas vias expressas subterrâneas. Mas, o que acontece com os GPSs quando entram em túneis? Perdem o sinal de satélite e não servem PARA NADA!!! Quando conseguimos sair daquela via subterrânea, nem a Rachel sabia onde estávamos! O problema é que estávamos em um subúrbio nada recomendável. Parei em um posto de gasolina, reprogramei a Rachel e optei por voltar PELA SUPERFÍCIE!
O dia já tinha nos dado emoções em dose mais que o suficiente!!!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Cidade das Flores - Chile 2/5/2011
Nossa programação era visitar Viña del Mar e Valparaíso. O dia amanheceu bonito mas, de repente, entrou uma névoa densa que iria prejudicar em muito os nossos passeios.
E sabe por quê? Porque Viña del Mar é conhecida como a “Cidade das Flores”... e flor sem sol perde muito da sua beleza, concorda? Por outro lado, a névoa dava um ar meio misterioso à cidade. Um verdadeiro desafio para quem fotografa e confesso que não gostei de nenhuma foto que tirei.
Pela foto acima vocês podem ter uma noção da névoa que estávamos enfrentando. Mas dê uma olhada melhor em cada poste. Percebeu que em cada poste tem um jarro florido? Impressionante!!!
Não sei como fazem para regar cada jarro de cada poste da cidade, porque Viña del Mar tem poste pra dedéu, todos eles com vasos!
Realmente a cidade faz juz ao seu título de “Cidade das Flores”, porque além dos postes tem muitos parques e jardins. E uma cidade florida não poderia deixar de ter o tradicional relógio das flores. Uma curiosidade: cês tão vendo a plaquinha no canto inferior esquerdo da foto? Pois está escrito: “NO PISE PASTO”... o nosso tradicional “não pise na grama” que conhecemos por aqui. Gramado em espanhol é “cesped”, sendo “pasto” usado de uma forma mais popular. Bem que soa estranho para nós!
Fomos caminhando por toda a orla, mas com essa bruma toda, o negócio era fotografar pelicano para matar o tédio. Das “1283” fotos de pelicano que cliquei, essa aí foi a melhorzinha.
Outra atração de Viña é o cassino, que alimenta o turismo e trás recursos para a cidade. A foto aí em cima é de um lindo caminho que leva ao cassino.
E tem mais, Viña del Mar é uma cidade que trás boas recordações aos brasileiros. Afinal, foi lá que jogamos a primeira fase e a quarta de final da Copa do Mundo de 1962, pavimentando a estrada que levaria ao bicampeonato.
Depois de um longo tour a pé pela cidade, pegamos um coletivo para Valparaíso. Falando coletivo você imagina um ônibus, não é mesmo? Pois por lá ônibus é “bus”. Coletivo é um táxi que percorre um trajeto previsto e é compartilhado por até 4 passageiros. Estranho, não?!!
Valparaíso não tem a mesma alegria, jovialidade e beleza de Viña. Como capital parlamentar do país, é austera, antiga e sombria. Visitamos o centro financeiro, onde estão concentrados vários edifícios do final do século XIX. Porém metade da beleza fica oculta atrás de uma muvuca de fios telefônicos e cabos de energia. Duvido que as companhias tenham controle sobre as conexões existentes. Quem trabalhou em empresa de telecomunicações sabe que muvuca de fios é sinal de gambiarra e de gato nas conexões.
Mas o edifício mais lindo que vimos foi o La Armada, sede da marinha chilena. Pena que tínhamos deixado a câmera no hotel. Afinal, pra que carregar toda a parafernália da câmera se o dia estava horrível?
E como estava horrível, cancelamos também as tradicionais subidas aos “cerros” (morros) de Valparaíso. Com toda a névoa, você acha que íamos ver alguma coisa lá de cima?! Mas nem com reza braba!!!
E sabe por quê? Porque Viña del Mar é conhecida como a “Cidade das Flores”... e flor sem sol perde muito da sua beleza, concorda? Por outro lado, a névoa dava um ar meio misterioso à cidade. Um verdadeiro desafio para quem fotografa e confesso que não gostei de nenhuma foto que tirei.
Pela foto acima vocês podem ter uma noção da névoa que estávamos enfrentando. Mas dê uma olhada melhor em cada poste. Percebeu que em cada poste tem um jarro florido? Impressionante!!!
Não sei como fazem para regar cada jarro de cada poste da cidade, porque Viña del Mar tem poste pra dedéu, todos eles com vasos!
Realmente a cidade faz juz ao seu título de “Cidade das Flores”, porque além dos postes tem muitos parques e jardins. E uma cidade florida não poderia deixar de ter o tradicional relógio das flores. Uma curiosidade: cês tão vendo a plaquinha no canto inferior esquerdo da foto? Pois está escrito: “NO PISE PASTO”... o nosso tradicional “não pise na grama” que conhecemos por aqui. Gramado em espanhol é “cesped”, sendo “pasto” usado de uma forma mais popular. Bem que soa estranho para nós!
Fomos caminhando por toda a orla, mas com essa bruma toda, o negócio era fotografar pelicano para matar o tédio. Das “1283” fotos de pelicano que cliquei, essa aí foi a melhorzinha.
Outra atração de Viña é o cassino, que alimenta o turismo e trás recursos para a cidade. A foto aí em cima é de um lindo caminho que leva ao cassino.
E tem mais, Viña del Mar é uma cidade que trás boas recordações aos brasileiros. Afinal, foi lá que jogamos a primeira fase e a quarta de final da Copa do Mundo de 1962, pavimentando a estrada que levaria ao bicampeonato.
Depois de um longo tour a pé pela cidade, pegamos um coletivo para Valparaíso. Falando coletivo você imagina um ônibus, não é mesmo? Pois por lá ônibus é “bus”. Coletivo é um táxi que percorre um trajeto previsto e é compartilhado por até 4 passageiros. Estranho, não?!!
Valparaíso não tem a mesma alegria, jovialidade e beleza de Viña. Como capital parlamentar do país, é austera, antiga e sombria. Visitamos o centro financeiro, onde estão concentrados vários edifícios do final do século XIX. Porém metade da beleza fica oculta atrás de uma muvuca de fios telefônicos e cabos de energia. Duvido que as companhias tenham controle sobre as conexões existentes. Quem trabalhou em empresa de telecomunicações sabe que muvuca de fios é sinal de gambiarra e de gato nas conexões.
Mas o edifício mais lindo que vimos foi o La Armada, sede da marinha chilena. Pena que tínhamos deixado a câmera no hotel. Afinal, pra que carregar toda a parafernália da câmera se o dia estava horrível?
E como estava horrível, cancelamos também as tradicionais subidas aos “cerros” (morros) de Valparaíso. Com toda a névoa, você acha que íamos ver alguma coisa lá de cima?! Mas nem com reza braba!!!
terça-feira, 10 de maio de 2011
Dia de trabalho - Chile 1/5/2011
Você deve estar pensando que errei no título, já que o 1º de maio é o Dia DO Trabalho!!! Não, não tem erro no título! Foi dia DE trabalho MESMO!!!
Como o Chile não é uma dessas destinações turísticas privilegiadas, que dão um baita dum Ibope, o número de guias turísticos publicados é um tanto limitado.
Numa viagem aos EUA comprei um guia da Insight Guide em conjunto com o Discovery Channel. Aparentemente é uma baita duma “brastemp”, mas na hora de colocar o que eles publicaram em prática, você vai ver que o conteúdo “es una buesta” e que de brastemp ele não tem naaaada!!! Juro que ainda vou promover uma cerimônia formal de queima deste guia, como uma forma de protesto à quantidade de furadas que ele nos empurrou, ao dourar o maracá dos locais a serem visitados. Coisas e lugares, que eram simplesmente ridículos, foram pintados com uma aura de beleza, gerando uma baita expectativa na gente. Na hora do vamos ver, o resultado era uma BAITA FRUSTRAÇÃO E UM ENORME TEMPO PERDIDO!!
Assim foi o nosso 1º de Maio! Um dia DE trabalho e de frustração!
A programação original indicava uma saída da estrada principal para visitarmos Vichuquén. Tá legal que o desvio era um tanto longo, cerca de uns 70km. Mas a imagem pintada no guia era a de uma cidade colonial à beira de um belo lago. O idiota aqui ficou pensando numa versão chilena de Parati e nas fotos maravilhosas que poderia tirar. Nananinaná!!!
Melhor teria sido ouvir a intuição feminina da Mary que, no dia anterior, havia sugerido irmos direto para Valparaíso. Disse a ela que era uma “boa idéia”, mas a “boa idéia” não ficou registrada para mim como uma verdadeira alteração de roteiro. O que eu tinha na cabeça e no papel era visitar a “Parati” chilena! Coisas de um típico cabeça dura e da mais pura falta de diálogo! Eu com Parati na cabeça e a Mary achando que seria um desviozinho rápido do objetivo final “estabelecido” no papo do dia anterior: Valparaíso!!
Para completar, houve falta de planejamento, pois cortamos Concepción do nosso roteiro inicial e as distâncias que eu tinha no papel era a de Concepción para Vichuquén e de lá para Santiago. Ao alterar o roteiro, mantive Vichuquén mas não chequei com cuidado as distâncias que levavam da estrada principal para o destino.
Ao chegarmos em Talca, saímos da estrada principal e nos embrenhamos numa estradinha secundária pra lá de vagabunda: estreita, cheia de curvas, entupida de morros... e zeeeeero de movimento. Placa de Vichuquén pela estrada? Neca! A essa altura o sinal já havia passado de amarelo para amarelo piscando e dele para o mais puro vermelho!!! O único que não via era eu, imaginando que estávamos cada vez mais perto da “Parati chilena”!
Resumindo a estória, os tais 70km que eu pensava eram 110km e durou quase 2 longas horas para chegarmos em Santo Antônio do Brejo Seco, também conhecida como Vichuquén. Lago?! Cadê o lago?! Ficava fora da cidade! Seguimos mais um tanto até que o asfalto acabou e o lago idílico pintado no guia não apareceu!
Quem conhece a Mary já tem noção do nível de humor que ela estava. Pois não estava! É claro que estava PUTA da vida com toda a situação, mas eu estava me sentindo tão arrasado por ter arrastado os dois para a situação de “sinuca de bico” que ela me “poupou”!!!
O jeito era sair dali o mais rápido possível. Felizmente a volta foi mais rápida, mas o dia já estava irremediavelmente perdido.
Chegamos em Valparaíso lá pelas 8 da noite, pra lá de cansados e frustrados e eu com dor de cabeça.
Moral da estória: gastar tempo com o planejamento de suas viagens nunca é demais. E se for alterar o plano inicial, tenha certeza daquilo que está fazendo. Dolorosa lição aprendida... assim espero!
Como o Chile não é uma dessas destinações turísticas privilegiadas, que dão um baita dum Ibope, o número de guias turísticos publicados é um tanto limitado.
Numa viagem aos EUA comprei um guia da Insight Guide em conjunto com o Discovery Channel. Aparentemente é uma baita duma “brastemp”, mas na hora de colocar o que eles publicaram em prática, você vai ver que o conteúdo “es una buesta” e que de brastemp ele não tem naaaada!!! Juro que ainda vou promover uma cerimônia formal de queima deste guia, como uma forma de protesto à quantidade de furadas que ele nos empurrou, ao dourar o maracá dos locais a serem visitados. Coisas e lugares, que eram simplesmente ridículos, foram pintados com uma aura de beleza, gerando uma baita expectativa na gente. Na hora do vamos ver, o resultado era uma BAITA FRUSTRAÇÃO E UM ENORME TEMPO PERDIDO!!
Assim foi o nosso 1º de Maio! Um dia DE trabalho e de frustração!
A programação original indicava uma saída da estrada principal para visitarmos Vichuquén. Tá legal que o desvio era um tanto longo, cerca de uns 70km. Mas a imagem pintada no guia era a de uma cidade colonial à beira de um belo lago. O idiota aqui ficou pensando numa versão chilena de Parati e nas fotos maravilhosas que poderia tirar. Nananinaná!!!
Melhor teria sido ouvir a intuição feminina da Mary que, no dia anterior, havia sugerido irmos direto para Valparaíso. Disse a ela que era uma “boa idéia”, mas a “boa idéia” não ficou registrada para mim como uma verdadeira alteração de roteiro. O que eu tinha na cabeça e no papel era visitar a “Parati” chilena! Coisas de um típico cabeça dura e da mais pura falta de diálogo! Eu com Parati na cabeça e a Mary achando que seria um desviozinho rápido do objetivo final “estabelecido” no papo do dia anterior: Valparaíso!!
Para completar, houve falta de planejamento, pois cortamos Concepción do nosso roteiro inicial e as distâncias que eu tinha no papel era a de Concepción para Vichuquén e de lá para Santiago. Ao alterar o roteiro, mantive Vichuquén mas não chequei com cuidado as distâncias que levavam da estrada principal para o destino.
Ao chegarmos em Talca, saímos da estrada principal e nos embrenhamos numa estradinha secundária pra lá de vagabunda: estreita, cheia de curvas, entupida de morros... e zeeeeero de movimento. Placa de Vichuquén pela estrada? Neca! A essa altura o sinal já havia passado de amarelo para amarelo piscando e dele para o mais puro vermelho!!! O único que não via era eu, imaginando que estávamos cada vez mais perto da “Parati chilena”!
Resumindo a estória, os tais 70km que eu pensava eram 110km e durou quase 2 longas horas para chegarmos em Santo Antônio do Brejo Seco, também conhecida como Vichuquén. Lago?! Cadê o lago?! Ficava fora da cidade! Seguimos mais um tanto até que o asfalto acabou e o lago idílico pintado no guia não apareceu!
Quem conhece a Mary já tem noção do nível de humor que ela estava. Pois não estava! É claro que estava PUTA da vida com toda a situação, mas eu estava me sentindo tão arrasado por ter arrastado os dois para a situação de “sinuca de bico” que ela me “poupou”!!!
O jeito era sair dali o mais rápido possível. Felizmente a volta foi mais rápida, mas o dia já estava irremediavelmente perdido.
Chegamos em Valparaíso lá pelas 8 da noite, pra lá de cansados e frustrados e eu com dor de cabeça.
Moral da estória: gastar tempo com o planejamento de suas viagens nunca é demais. E se for alterar o plano inicial, tenha certeza daquilo que está fazendo. Dolorosa lição aprendida... assim espero!
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Valdívia - Chile 30/4/2011
Valdívia marcou o início do nosso retorno a Santiago.
É uma cidade conhecida mundialmente por uma tragédia: o terremoto de Valdívia, o mais forte terremoto registrado de todos os tempos em TODO o mundo!! Ocorrido em 1960, atingiu 9,5 na escala Richter.
Só para dar uma dimensão da violência desse terremoto, ele foi cerca de mais de 5 vezes mais forte que o do Japão, ocorrido no mês passado.
Aí você me perguntaria: por que mais de 5 vezes mais forte se o do Japão atingiu 8,9? Não seria apenas 0,6 vezes mais forte? A resposta é NÃO!!!! A escala Richter é logarítmica e 1 ponto de diferença significa uma razão de 10 (eu disse DEZ) vezes mais forte. O último grande terremoto brasileiro foi em 2008 e marcou 5,2 pontos. O de Valdívia foi “simplesmente” mais de 10000 mais forte que esse “chilique” brasileiro!!! E gerou tsunamis no Havaí, nas Filipinas e no Japão!!!
E aí entra uma frustração minha nesta viagem: a de não ter sentido NENHUM tremor de terra. Não precisava ser um terremooooto, mas uma mera chacoalhada para dar um pouco de emoção!!!
Frustração minha e alívio da Mary, que acha que eu tenho mais de um parafuso solto nessa cachola. O Chile é pródigo na quantidade de terremotos. Tem dia que são registrados mais de 20 terremotos ao longo de todo o país. Enquanto estivemos por lá (cerca de 15 dias), foram registrados nada menos que 253 terremotos, sendo 4 deles de magnitude maior que 5 graus... e eu não senti NENHUNZINHO!!! Pô, sacanagem, né?!!
Mas voltemos a Valdívia.
A cidade é super agradável e fica na beira de um rio onde havia uma competição de remo. Um casal de leões marinhos brincava exatamente no local onde os barcos passavam e por muito pouco não houve um atropelamento. Pelo tamanho dos “bichinhos”, pode ter certeza que o barco a remo levaria a pior e iria a pique!
Ao longo do rio encontramos uma feira de produtores vendendo basicamente peixes e crustáceos, mas também havia bancas de frutas, legumes, especiarias, flores, etc.
O mais interessante foi a facilidade que tive de interagir com diversos feirantes, todos eles muito solícitos em atender ao meu pedido de fotografar.
Essa senhora vendia ervas medicinais,...
... esse senhor tinha uma banca de flores e brincava de que a foto dele seria a mais feia que eu iria tirar em toda a feira. Gostei muito da expressão de seu rosto. ...
... Esse aqui era um vendedor de peixes e ria “meio de lado” escondendo as falhas nos dentes,...
... esse outro fazia pequenas peças entalhadas na madeira,...
... e essa senhora fazia peças em tricô.
Enquanto fotografava essa senhora, um casal se aproximou e perguntou em que periódico sairiam as fotos. O papo se prolongou e ele nos recomendou um restaurante em um local looooonge pacas. Mas, segundo ele, um professor de cirurgia da Universidade Austral do Chile, valia pelo passeio e pela comida. O restaurante ficava numa casinha simples logo depois que terminava o asfalto.
De posse das dicas e com o estômago roncando de tanta fome, colocamos o pé na estrada. Entra praia, sobe morro, entra praia, desce morro... e a paisagem simplesmente belíssima.
Uns 20km depois, encontramos a estradinha bloqueada por uma caminhoneta, repleta de lenha, que havia fundido o motor ao tentar subir o morro.
Depois de uns 15 minutos esperando desbloquear a estrada, seguimos viagem. Como prova de que estávamos BEEEEM longe da civilização, nos deparamos com um carro de boi, algo que simplesmente está em extinção tanto no Chile como no Brasil.
E quando já estávamos jogando a toalha e desistindo, acaba o asfalto e aparece a casinha com o restaurante: o Terrazas de Centinilla. Confesse!! Olhando para a foto, tenho certeza de que você pensou que nós havíamos entrado numa tremenda canoa furada, não é?!!! Pois é, também pensei o mesmo. Mas já que a recomendação era grande, a fome maior ainda e a placa dizia que era “um lugar diferente”, entramos.
Gente, valeu a pena. A comida não tem muito de sofisticação, mas o sabor é simplesmente FANTÁSTICO!!! Comemos lá um dos peixes mais saborosos de TODA A VIAGEM!!! O lugar é agradável, a vista maravilhosa e a simpatia dos donos do restaurante, simplesmente insuperável. Anote aí o site deles (http://www.terrazasdecentinilla.cl/) e confira!
Voltamos já com o sol se pondo e pudemos ver uma baía repleta de barcos de pescadores. TODOS eles amarelos. Não sei se há alguma padronização, mas o interessante é que a grande maioria dos barcos de Puerto Montt era da cor azul.
Para finalizar, nada como a foto de um barquinho voltando para casa ao final do dia!!!
É uma cidade conhecida mundialmente por uma tragédia: o terremoto de Valdívia, o mais forte terremoto registrado de todos os tempos em TODO o mundo!! Ocorrido em 1960, atingiu 9,5 na escala Richter.
Só para dar uma dimensão da violência desse terremoto, ele foi cerca de mais de 5 vezes mais forte que o do Japão, ocorrido no mês passado.
Aí você me perguntaria: por que mais de 5 vezes mais forte se o do Japão atingiu 8,9? Não seria apenas 0,6 vezes mais forte? A resposta é NÃO!!!! A escala Richter é logarítmica e 1 ponto de diferença significa uma razão de 10 (eu disse DEZ) vezes mais forte. O último grande terremoto brasileiro foi em 2008 e marcou 5,2 pontos. O de Valdívia foi “simplesmente” mais de 10000 mais forte que esse “chilique” brasileiro!!! E gerou tsunamis no Havaí, nas Filipinas e no Japão!!!
E aí entra uma frustração minha nesta viagem: a de não ter sentido NENHUM tremor de terra. Não precisava ser um terremooooto, mas uma mera chacoalhada para dar um pouco de emoção!!!
Frustração minha e alívio da Mary, que acha que eu tenho mais de um parafuso solto nessa cachola. O Chile é pródigo na quantidade de terremotos. Tem dia que são registrados mais de 20 terremotos ao longo de todo o país. Enquanto estivemos por lá (cerca de 15 dias), foram registrados nada menos que 253 terremotos, sendo 4 deles de magnitude maior que 5 graus... e eu não senti NENHUNZINHO!!! Pô, sacanagem, né?!!
Mas voltemos a Valdívia.
A cidade é super agradável e fica na beira de um rio onde havia uma competição de remo. Um casal de leões marinhos brincava exatamente no local onde os barcos passavam e por muito pouco não houve um atropelamento. Pelo tamanho dos “bichinhos”, pode ter certeza que o barco a remo levaria a pior e iria a pique!
Ao longo do rio encontramos uma feira de produtores vendendo basicamente peixes e crustáceos, mas também havia bancas de frutas, legumes, especiarias, flores, etc.
O mais interessante foi a facilidade que tive de interagir com diversos feirantes, todos eles muito solícitos em atender ao meu pedido de fotografar.
Essa senhora vendia ervas medicinais,...
... esse senhor tinha uma banca de flores e brincava de que a foto dele seria a mais feia que eu iria tirar em toda a feira. Gostei muito da expressão de seu rosto. ...
... Esse aqui era um vendedor de peixes e ria “meio de lado” escondendo as falhas nos dentes,...
... esse outro fazia pequenas peças entalhadas na madeira,...
... e essa senhora fazia peças em tricô.
Enquanto fotografava essa senhora, um casal se aproximou e perguntou em que periódico sairiam as fotos. O papo se prolongou e ele nos recomendou um restaurante em um local looooonge pacas. Mas, segundo ele, um professor de cirurgia da Universidade Austral do Chile, valia pelo passeio e pela comida. O restaurante ficava numa casinha simples logo depois que terminava o asfalto.
De posse das dicas e com o estômago roncando de tanta fome, colocamos o pé na estrada. Entra praia, sobe morro, entra praia, desce morro... e a paisagem simplesmente belíssima.
Uns 20km depois, encontramos a estradinha bloqueada por uma caminhoneta, repleta de lenha, que havia fundido o motor ao tentar subir o morro.
Depois de uns 15 minutos esperando desbloquear a estrada, seguimos viagem. Como prova de que estávamos BEEEEM longe da civilização, nos deparamos com um carro de boi, algo que simplesmente está em extinção tanto no Chile como no Brasil.
E quando já estávamos jogando a toalha e desistindo, acaba o asfalto e aparece a casinha com o restaurante: o Terrazas de Centinilla. Confesse!! Olhando para a foto, tenho certeza de que você pensou que nós havíamos entrado numa tremenda canoa furada, não é?!!! Pois é, também pensei o mesmo. Mas já que a recomendação era grande, a fome maior ainda e a placa dizia que era “um lugar diferente”, entramos.
Gente, valeu a pena. A comida não tem muito de sofisticação, mas o sabor é simplesmente FANTÁSTICO!!! Comemos lá um dos peixes mais saborosos de TODA A VIAGEM!!! O lugar é agradável, a vista maravilhosa e a simpatia dos donos do restaurante, simplesmente insuperável. Anote aí o site deles (http://www.terrazasdecentinilla.cl/) e confira!
Voltamos já com o sol se pondo e pudemos ver uma baía repleta de barcos de pescadores. TODOS eles amarelos. Não sei se há alguma padronização, mas o interessante é que a grande maioria dos barcos de Puerto Montt era da cor azul.
Para finalizar, nada como a foto de um barquinho voltando para casa ao final do dia!!!
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Ancud'o mundo!!! Chile 29/4/2011
Para fotos de portas, veja também os posts "Portugal e Espanha - Portas, portas e mais portas I" e "Portugal e Espanha - Portas, portas e mais portas II"
Chiloé é o tipo do passeio para se ir uma vez, passar a régua e ficar satisfeito pelo resto da vida. Voltar, nem pensar!!!
Pra começar, é uma ilha e não tem ponte para se chegar a ela. Além disso fica longe PACAS!!! Mas bota longe nisso! Bem, vamos lá: de Frutillar a Puerto Montt são 40min de auto estrada. Até aí tudo bem! De Puerto Montt até o porto de Parguá são mais 60km de pista única e de difícil ultrapassagem. Aí você pega o ferry que leva 40 minutos de travessia. Daí até Castro, principal cidade da ilha, são mais 105km em pista única.
Antes que eu me esqueça, tá legal que já tem tempo pacas que eu passei no teste de direção. Depois disso tive que fazer um novo teste teórico a dois anos atrás... mas não me lembro de ter estudado a placa acima entre as placas válidas de sinalização de trânsito. Não tenho idéia do que significa, mas sempre aparecia antes da linha contínua de “não ultrapasse” acabar e ser substituída pela intermitente. Imagino que deva significar que o amarelo da placa advertindo de alguma coisa (“não ultrapasse”???), acaba de terminar (linha cruzada sobre o amarelo). Quem souber o significado real, que atire a primeira pedra... na placa, é claro!!!
Bem, voltando à viagem, quando você chega à Castro, as principais atrações da cidade são as palafitas,...
... e mais palafitas...
... o mercado do porto com uma feira de artesanato que é exatamente a cópia fiel de todas as outras 12438 feiras que você visitou anteriormente (essa senhora fazia artesanato em tricô igual ao da vizinha ao lado, mas pelo menos era hiper simpática), ...
... uma igreja meia bala...
... e as casas multicoloridas com paredes cobertas de telhas de madeira!!
E mais uma janela,...
... e outra...
... e mais outra ...
Tarado por janela e porta, quase fui ao orgasmo de tanto fotografar janela, não é mesmo?!!!
E ainda demos sorte de pegar um dia de sol por lá. Ouvi dizer que a última vez que isso tinha acontecido em Chiloé tinha sido em 1847!!!
Depois de 3 horas de ida para ver “tudo isso”, o negócio era encarar mais 3 horas de volta!
Ah, mas tem Ancud (não é gozação, a cidade se chama Ancud!!) no meio do caminho, que você pode visitar para “relaxar”. Cê quer a minha opinião sincera? É literalmente o “Ancud’o mundo”!!!
O jeito foi acelerar para não perdermos um concerto de violão do canadense Rémi Boucher, no teatro de Frutillar. Isso sim foi de tirar o chapéu e salvou o dia. Gente, o cara toca PACAS!!! De aplaudir de pé!
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Até o Lago Esmeralda - Chile 28/4/2011
Frutillar é uma pequena cidade na beira do Lago Llanquihue, tendo do outro lado a imponente imagem do Volcán Osorno, disparado o mais lindo desta viagem. Ao seu lado dois outros vulcões que se apequenam diante dele. À esquerda o Volcán Puntiagudo e à direita o Calbuco.
A cidade teve uma colonização alemã. Com isso a maioria das edificações da cidade baixa é no mesmo estilo que encontramos em Blumenau. Por quê cidade baixa? A Frutillar Baja fica na beira do lago, é nobre, turística e em estilo alemão. A Frutillar Alta, fica em cima do morro e é uma muvuca onde mora a “plebe ignara” que trabalha na Frutillar Baja e em Puerto Varas.
Nosso hotel foi um tremendo achado. O Ayacara (povo feliz em mapuche) é novo, moderno, mas em estilo alemão, misturava conforto, sofisticação e carinho com os hóspedes nos menores detalhes, a um preço simplesmente fantástico: 40000 pesos chilenos a diária (cerca de R$134 ou US$ 85). Ah, e um desayuno simplesmente maravilhoso. Foi uma hospedagem nota 10! Impecável!!!
O tempo aqui é bem estranho, chovendo boa parte do ano. E como chove MUITO, você fica sempre com o pé atrás quando vê o céu nublado.
Por aqui amanhece MUITO tarde. Quão tarde? Bem, as primeiras luzes da manhã aparecem lá pelas oito. Como tá um frio danado lá fora, mesmo com aquecimento, você só vai criar coragem de sair das cobertas lá pelas nove. Lá pelas nove e meia você corre para o café da manhã para descobrir que o céu está pra lá de fechado. Tão fechado que você nem vê a sua sombra. Aos poucos a coisa se define e você vai ver qual foi a sorte tirada para o dia. Sol mesmo, você só vai ver lá pelas onze, meio dia, quando o calor dissipa as nuvens. No fim da tarde voltam as nuvens e o céu se encobre de novo.
E já que a previsão era de sol, a programação do nosso passeio era ir beirando o Lago Llanquihue até o Lago Todos Los Santos. Como eu "nem gosto" de fotografar janelas e portas, aí vai mais uma. Esse é o detalhe de uma janela de uma casa, perto da cidadezinha de Llanquihue. Estive pensando a respeito mas essa tara por portas e janelas deve vir de encarnações anteriores.
Com uma preguiça digna de baiano, o sol foi aparecendo aos poucos e a paisagem, que era linda ficou maravilhosa.
Na cidadezinha de Ensenada, tivemos a oportunidade de presenciar um "show" ao vivo feito pelas crianças de uma escola pública aos carabineros da região. Dança desengonçada, cantos desafinados, banda fora de ritmo... típico show de escola primária. Foi bem pitoresco, com aquela graça infantil que emociona. A foto da escola está aí acima.
Quase no fim da estrada se encontram os Saltos Petrohué, um belo salto que fica ainda mais lindo com a visão do Osorno logo atrás.
Mais adiante fica o Lago Todos Los Santos, também chamado de Lago Esmeralda pelo verde da sua cor. Na verdade sua cor é o reflexo do verde dos morros que ficam do lado direito. Mais ao centro sua cor é de um azul forte. É uma visão simplesmente inesquecível, tendo os Andes ao fundo.
Na volta, por falta de informação, perdemos o que provavelmente seria o passeio mais impressionante do dia: a subida ao Osorno. Sem saber que a subida era possível, passamos direto para terminar a tarde em Puerto Varas. Como o que os olhos não vêem o coração não sente, ficou para nós a linda visão da foto acima.
De volta a Frutillar, o por de sol foi simplesmente espetacular!
A cidade teve uma colonização alemã. Com isso a maioria das edificações da cidade baixa é no mesmo estilo que encontramos em Blumenau. Por quê cidade baixa? A Frutillar Baja fica na beira do lago, é nobre, turística e em estilo alemão. A Frutillar Alta, fica em cima do morro e é uma muvuca onde mora a “plebe ignara” que trabalha na Frutillar Baja e em Puerto Varas.
Nosso hotel foi um tremendo achado. O Ayacara (povo feliz em mapuche) é novo, moderno, mas em estilo alemão, misturava conforto, sofisticação e carinho com os hóspedes nos menores detalhes, a um preço simplesmente fantástico: 40000 pesos chilenos a diária (cerca de R$134 ou US$ 85). Ah, e um desayuno simplesmente maravilhoso. Foi uma hospedagem nota 10! Impecável!!!
O tempo aqui é bem estranho, chovendo boa parte do ano. E como chove MUITO, você fica sempre com o pé atrás quando vê o céu nublado.
Por aqui amanhece MUITO tarde. Quão tarde? Bem, as primeiras luzes da manhã aparecem lá pelas oito. Como tá um frio danado lá fora, mesmo com aquecimento, você só vai criar coragem de sair das cobertas lá pelas nove. Lá pelas nove e meia você corre para o café da manhã para descobrir que o céu está pra lá de fechado. Tão fechado que você nem vê a sua sombra. Aos poucos a coisa se define e você vai ver qual foi a sorte tirada para o dia. Sol mesmo, você só vai ver lá pelas onze, meio dia, quando o calor dissipa as nuvens. No fim da tarde voltam as nuvens e o céu se encobre de novo.
E já que a previsão era de sol, a programação do nosso passeio era ir beirando o Lago Llanquihue até o Lago Todos Los Santos. Como eu "nem gosto" de fotografar janelas e portas, aí vai mais uma. Esse é o detalhe de uma janela de uma casa, perto da cidadezinha de Llanquihue. Estive pensando a respeito mas essa tara por portas e janelas deve vir de encarnações anteriores.
Com uma preguiça digna de baiano, o sol foi aparecendo aos poucos e a paisagem, que era linda ficou maravilhosa.
Na cidadezinha de Ensenada, tivemos a oportunidade de presenciar um "show" ao vivo feito pelas crianças de uma escola pública aos carabineros da região. Dança desengonçada, cantos desafinados, banda fora de ritmo... típico show de escola primária. Foi bem pitoresco, com aquela graça infantil que emociona. A foto da escola está aí acima.
Quase no fim da estrada se encontram os Saltos Petrohué, um belo salto que fica ainda mais lindo com a visão do Osorno logo atrás.
Mais adiante fica o Lago Todos Los Santos, também chamado de Lago Esmeralda pelo verde da sua cor. Na verdade sua cor é o reflexo do verde dos morros que ficam do lado direito. Mais ao centro sua cor é de um azul forte. É uma visão simplesmente inesquecível, tendo os Andes ao fundo.
Na volta, por falta de informação, perdemos o que provavelmente seria o passeio mais impressionante do dia: a subida ao Osorno. Sem saber que a subida era possível, passamos direto para terminar a tarde em Puerto Varas. Como o que os olhos não vêem o coração não sente, ficou para nós a linda visão da foto acima.
De volta a Frutillar, o por de sol foi simplesmente espetacular!
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
Puerto Montt - Chile 27/4/2011
No último capítulo de nossa novela, São Pedro mandou uma mensagem dos céus, na forma de chuva, para mostrar ao “jovem” casal que a vida de férias não é de apenas flores e que ambos deviam penitenciar dessa vida desregrada ajoelhando em tampinha de “Cueca Cuela” até que a chuva passasse.
Enquanto nossa heroína Mary dormia placidamente, nosso “galã” Edu praguejava enquanto escrevia o seu tradicional besteirol aos seus leitores.
Bem, só sei que São Pedro desistiu da chuva e lá pelo meio dia saímos com direção a Puerto Montt, cidade portuária e maior centro econômico da região.
Gente, quando chegamos a Puerto Montt, fazia MUITO frio. O pior é que ventava PACAS e a sensação térmica ia lá para o dedão do pé. Mary mais parecia uma cebola de tantos agasalhos. Sem exagero, ela vestia uma blusa, dois pulôveres e um casaco impermeável para frio, com o gorro do casaco atochado na cabeça. Para completar, duas meias, sendo uma de lã, uma meia calça de lã e cachecol... de lâ, é claro. Como tinha esquecido as luvas no carro, não tirava a mão do casaco nem para assoar o nariz.
Tentei tirar umas fotos de gaivotas e da paisagem, mas a mão congelava pelo vento. Como a barriga roncava, resolvemos dar um tempo no passeio, entrar em um shopping e almoçar.
Na saída uma grata surpresa: o tempo havia melhorado. O vento sumira quase como por encanto o que fez a temperatura ficar bem mais agradável. Melhor ainda, o céu se abria e o sol, ainda tímido começava a aparecer.
Fomos caminhando até Angelmó (que a Mary insiste em chamar de Anselmo), onde fica o porto e o mercado de peixes. Aquilo ali é o paraíso de um fotógrafo, tantas são as oportunidades e temas a serem fotografados. A foto acima mostra um detalhe do prédio principal do mercado.
Outra coisa iteressante é a diferença de maré nessa parte da costa. Na maré baixa, muitos barcos pesqueiros ficam adernados no seco, aguardando a maré alta voltar.
E pra variar, cachorros abandonados aos quilos. Pra vocês não dizerem que estou mentindo, a foto mostra um grupinho deles na frente de uma peixaria.
O mais curioso era uma casa ao lado do mercado, que tinha 5 (eu disse CINCO!!!) cachorros deitados no teto, talvez por ser mais quentinho. Os donos chegaram e três desceram, ficando dois deles no telhado abanando o rabo.
O dia finalizou com o sol entrando pra valer, me brindando com essa linda foto.
Enquanto nossa heroína Mary dormia placidamente, nosso “galã” Edu praguejava enquanto escrevia o seu tradicional besteirol aos seus leitores.
Bem, só sei que São Pedro desistiu da chuva e lá pelo meio dia saímos com direção a Puerto Montt, cidade portuária e maior centro econômico da região.
Gente, quando chegamos a Puerto Montt, fazia MUITO frio. O pior é que ventava PACAS e a sensação térmica ia lá para o dedão do pé. Mary mais parecia uma cebola de tantos agasalhos. Sem exagero, ela vestia uma blusa, dois pulôveres e um casaco impermeável para frio, com o gorro do casaco atochado na cabeça. Para completar, duas meias, sendo uma de lã, uma meia calça de lã e cachecol... de lâ, é claro. Como tinha esquecido as luvas no carro, não tirava a mão do casaco nem para assoar o nariz.
Tentei tirar umas fotos de gaivotas e da paisagem, mas a mão congelava pelo vento. Como a barriga roncava, resolvemos dar um tempo no passeio, entrar em um shopping e almoçar.
Na saída uma grata surpresa: o tempo havia melhorado. O vento sumira quase como por encanto o que fez a temperatura ficar bem mais agradável. Melhor ainda, o céu se abria e o sol, ainda tímido começava a aparecer.
Fomos caminhando até Angelmó (que a Mary insiste em chamar de Anselmo), onde fica o porto e o mercado de peixes. Aquilo ali é o paraíso de um fotógrafo, tantas são as oportunidades e temas a serem fotografados. A foto acima mostra um detalhe do prédio principal do mercado.
Outra coisa iteressante é a diferença de maré nessa parte da costa. Na maré baixa, muitos barcos pesqueiros ficam adernados no seco, aguardando a maré alta voltar.
E pra variar, cachorros abandonados aos quilos. Pra vocês não dizerem que estou mentindo, a foto mostra um grupinho deles na frente de uma peixaria.
O mais curioso era uma casa ao lado do mercado, que tinha 5 (eu disse CINCO!!!) cachorros deitados no teto, talvez por ser mais quentinho. Os donos chegaram e três desceram, ficando dois deles no telhado abanando o rabo.
O dia finalizou com o sol entrando pra valer, me brindando com essa linda foto.
Jogo dos 17 Cachorros - resposta
Chove pra Dedéu!!! Chile 27/4/2011
Chove pra dedéu!!! Bem, o termo técnico mais apropriado não é "dedéu", mas em respeito às senhoras inocentes que estão lendo essa mensagem achei mais apropriado usar essa palavra.
Basta dizer que estamos dentro do hotel, faz um frio polar lá fora e a névoa impede a gente de ver a borda do lago que não fica muito distante. São 11 da matina, Mary está dormindo e eu curtindo o visual duma macieira coberta de frutos ao lado da janela do nosso quarto, tomando um Cousiño-Macul Antiguas Reservas Cabernet Sauvignon. Nada mal!!!
Já estamos em Frutillar, no dia 9, e na minha programação deveríamos estar todos serelepes visitando uma das diversas atrações da região. O problema é que o feadaputa do São Pedro optou por nos deixar aqui no hotel esperando que ele melhore o seu humor.
Ontem não foi diferente. Amanheceu nublado, abriu um sol promissor, para fechar de vez o tempo pouco depois. Saímos de Pucón e deveríamos passear em vários lagos e visitar o vulcão Casablanca. Mas nananinaná, o tempo estava fechado e fomos cortando os passeios e indo adiante. Com o tempo fechado qualquer lago perde a beleza e ver vulcão, então, nem pensar. Eles simplesmente somem da vista na primeira nuvem que passa.
Para dar uma idéia de como estava o dia, a foto mostra o Lago Panguipulli por onde passamos depois de cancelar o Lago Calafquén.
E assim foi o dia. Nem nos demos ao trabalho de ir a Futrono para ver o Lago Ranco e o Volcán Casablanca. Almoçamos em Entre Lagos e seguimos viagem em direção a Frutillar, onde pelas nossas previsões só chegaríamos hoje. Ou seja, "ganhamos" um dia que iremos usar de outra forma. De repente, passando o dia no quarto do hotel como hoje!
Se não dava para curtir a "naturaleza", como dizem os hispânicos, o jeito foi buscar casas rurais que fossem interessantes de serem fotografadas.
Essas fotos dão uma mostra do que vimos.
O tempo foi melhorando mais pro final do dia. Ao chegarmos em Frutillar, fomos brindados com essa visão fantástica do cume do Volcán Osorno. Apesar de 200m mais baixo que o Villarrica, o Osorno é muito mais imponente por se encontrar isolado de outras montanhas. Ele apareceu, deu um oi para nós e se escondeu de novo detrás das nuvens. Sniff! Sniff!!!
Basta dizer que estamos dentro do hotel, faz um frio polar lá fora e a névoa impede a gente de ver a borda do lago que não fica muito distante. São 11 da matina, Mary está dormindo e eu curtindo o visual duma macieira coberta de frutos ao lado da janela do nosso quarto, tomando um Cousiño-Macul Antiguas Reservas Cabernet Sauvignon. Nada mal!!!
Já estamos em Frutillar, no dia 9, e na minha programação deveríamos estar todos serelepes visitando uma das diversas atrações da região. O problema é que o feadaputa do São Pedro optou por nos deixar aqui no hotel esperando que ele melhore o seu humor.
Ontem não foi diferente. Amanheceu nublado, abriu um sol promissor, para fechar de vez o tempo pouco depois. Saímos de Pucón e deveríamos passear em vários lagos e visitar o vulcão Casablanca. Mas nananinaná, o tempo estava fechado e fomos cortando os passeios e indo adiante. Com o tempo fechado qualquer lago perde a beleza e ver vulcão, então, nem pensar. Eles simplesmente somem da vista na primeira nuvem que passa.
Para dar uma idéia de como estava o dia, a foto mostra o Lago Panguipulli por onde passamos depois de cancelar o Lago Calafquén.
E assim foi o dia. Nem nos demos ao trabalho de ir a Futrono para ver o Lago Ranco e o Volcán Casablanca. Almoçamos em Entre Lagos e seguimos viagem em direção a Frutillar, onde pelas nossas previsões só chegaríamos hoje. Ou seja, "ganhamos" um dia que iremos usar de outra forma. De repente, passando o dia no quarto do hotel como hoje!
Se não dava para curtir a "naturaleza", como dizem os hispânicos, o jeito foi buscar casas rurais que fossem interessantes de serem fotografadas.
Essas fotos dão uma mostra do que vimos.
O tempo foi melhorando mais pro final do dia. Ao chegarmos em Frutillar, fomos brindados com essa visão fantástica do cume do Volcán Osorno. Apesar de 200m mais baixo que o Villarrica, o Osorno é muito mais imponente por se encontrar isolado de outras montanhas. Ele apareceu, deu um oi para nós e se escondeu de novo detrás das nuvens. Sniff! Sniff!!!
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