Veja também o post "Pequenas roubadas I - cartão de crédito recusado".
Quem já esteve em Évora, Portugal, provavelmente se deliciou no restaurante mais famoso da cidade, “O Fialho”. Além de mim (haja pretensão, né), outros brasileiros famosos como o Lula e o FHC também estiveram por lá, mas só os dois têm as fotos dependuradas na parede. No Fialho tudo é delicioso e as porções são muito, mas MUITO bem servidas.
Éramos um grupo de seis e começamos com os “acepipes” variados! Continuamos com um prato de cordeiro! Já estávamos jogando a toalha quando chegou o prato de javali. Resolvemos fazer mais esse “sacrifício”!!
– Ó, pá, mas os senhores não vão fazer a desfeita de sair sem experimentar umas sobremesas nossas, vão?
Aceitamos, mas com a condição de que o gerente providenciasse uma UTI móvel que nos levasse de volta ao hotel.
Já tínhamos dobrado o “Cabo da Boa Esperança” quando chegou a conta... bem “gorda” e compatível com a orgia gastronômica que havíamos acabado de passar, regada a bons e caros vinhos do Alentejo. Meu cartão foi recusado. O meu e o de mais quatro! Após “trocentas” tentativas e meia hora depois, só um colega nosso continuou tendo seu cartão recusado, sob gozações e comentários dos mais desabonadores por parte dos demais.
Outra experiência inesquecível passamos em um posto de pedágio automático no sul da França, perto de Nice. Em duas das três cabines o pagamento era feito com moedas, diretamente em um baita coletor que calculava automaticamente o valor recebido e liberava a cancela. Já tínhamos passado por uns outros dois pedágios desses, que são bem mais rápidos e práticos que o pagamento manual. Paramos e, na hora de pagar, cata moeda daqui, moeda dali... descobrimos que faltavam dez centavos de Euro. Olhei pelo retrovisor e vi outros dois carros parados atrás da gente. Opção alternativa, usar o cartão de crédito. Enfiei o Visa e a máquina retornou a mensagem “Cartão inválido!”. Enfiei o Mastercard e recebi a mesmíssima mensagem!! A essa altura a fila já estava um tanto longa e o motorista atrás do nosso carro, apesar de ainda não ter chegado ao extremo de aplicar um sonoro buzinaço, já demonstrava claros sinais de irritação! Fui salvo por um empregado da empresa de pedágio que desviou os demais carros para as outras cabinas para que eu pudesse dar ré e ir até aquela que aceitava o pagamento manual. E lá fomos nós, sob o olhar de reprovação geral! Tenho certeza que minha mãezinha ficou com a orelha pra lá de vermelha!!
Pior que situações como essas é ter o seu cartão bloqueado por “excesso de zelo” por parte da administradora. Foi o que ocorreu comigo no Paraguai. Na semana anterior estava participando de uma reunião na América Central e de lá fui para uma outra em Assunção. O que os carinhas da operadora de cartão pensaram? Que o cartão só podia estar clonado! Qual é o indivíduo normal que faz uma compra em San Salvador e no outro dia está gastando em Assunção?! Suspeito, muito suspeito! Bloquearam o cartão e ligaram para a minha casa. É óbvio que eu não estava lá para confirmar as compras e por mais que a minha esposa quisesse saber o motivo da ligação, eles se recusaram a informar. O problema estourou na hora de pagar a conta no hotel! Cartão recusado com mensagem “bloqueado pela administradora” e o constrangimento do olhar capcioso e de reprovação do atendente que, com toda certeza, pensava:
– E esses brasileiros ainda falam de nós paraguaios!
Como eu não tinha dólares suficientes, fui socorrido por um colega, que pagou a conta... mas saí bufando de lá!!
Ah, antes que eu me esqueça, foi a última vez que usei um cartão da Credicard.
Nenhum comentário:
Postar um comentário