quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tomadas, Torneiras e Descargas III – Descargas



E a criatividade é inesgotável!

Você já parou pra pensar na quantidade de tipos de descargas de vasos sanitários você conhece?

Quem já andou pelo interiorzão desse Brasil bem sabe que em muitos lugares nem descarga o “quartinho” tem!! Atraso típico de país de Terceiro Mundo? Que nada, meu caro! Já encontrei sanitários desse tipo tanto na Alemanha como na França, apesar de reconhecer que o padrão de higiene de lá estava a anos luz do que encontramos por aqui!

Aliás o inventor dessa “obra de arte” sanitária deve ter nascido e crescido em um país bem mais ao leste, pois o termo técnico desse tipo de vaso é “fossa turca”. O problema da fossa turca é que o usuário precisa ser acoplado a uma mira telescópica... nem sempre disponível!


Bem a propósito, esse é o tipo de vaso sanitário mais fácil de ser encontrado nos banheiros públicos de Istambul... e aí nós conseguimos ganhar deles em termos de higiene. Com toda a sinceridade, se der pra segurar até o seu retorno ao hotel, nem pense duas vezes!!

Mas vamos lá! Tem descarga que você puxa, outras você empurra; uma são de botão, outras de alavanca; umas estão no topo, outras do lado; outras você procura, procura, procura... e desiste! Mal você dá as costas e ela dá descarga! Afinal, são acionadas por um sensor infravermelho.

Na França encontrei um vaso sanitário curiosíssimo: ele tem um sistema que enxágua o vaso após a descarga! Também na França encontrei um vaso sanitário cuja descarga era acionada com o pé! Muito adequado para o nível de higiene que existia naquele local, reconheço!

 

Já encontrei uma descarga que tinha personalidade própria e ela decidia quando é que funcionava. Estava eu lá sentado, pensando na vida quando ela resolveu funcionar sem que ninguém pedisse nada a ela! Mais alguns minutos e ela voltou a dar o ar da graça!

Todos sabem o desespero que dá ao encontrarmos uma privada entupida... ou uma descarga que, depois de acionada, nunca mais para de jogar água. Agora, imagine esses dois problemas conjugados!! Não, meu amigo, isso não aconteceu em um hotelzinho fuleiro! Aconteceu comigo em pleno Hilton Caracas, provocando uma inundação tal que tive de trocar de apartamento!

Mas duro mesmo é quando a descarga NÃO FUNCIONA! Ou quando o papel acaba!! Reconheça, que é uma baita sinuca de bico cuja solução encontrada ninguém ousa confessar!

E quando o lazarento do responsável pela manutenção teve a brilhante idéia de poupar energia elétrica e colocou um temporizador na luz do teto? Lá está você meditando sobre o aquecimento global e... pluft! Apaga a luz e você fica no breu total.

Isso ocorreu comigo em Portugal, em um hotel de luxo em Estremoz. Como era de se esperar, nossos patrícios colocaram o sensor na sala ao lado, onde estavam as pias, mas o temporizador apagava a luz de TODO o banheiro!! Se não dava nem para ver o meu dedo encostado no nariz, imagine o resto! Confesso que foi uma breve experiência das agruras sofridas pelos deficientes visuais.

Em nossas férias européias de 2007, fomos a Saint Emilion, França, onde abusamos de degustar os vinhos mais deliciosos possíveis. Degusta daqui, degusta dali, o friozinho apertando, a bexiga enchendo... aguentamos o quanto pudemos, mas acabamos por jogar a toalha e tivemos que procurar um banheiro público.


Mal a Mary saiu lá de dentro, olhei para os lados e resolvi, por pura farra, dar o golpe e entrar sem pagar!  Estava poupando a bagatela de € 1,20, um valor digno de “quebrar” qualquer orçamento, não é mesmo?! Pois lá entrei eu todo serelepe, apenas a tempo de ver o vaso sendo recolhido para dentro da parede! Pois bem, estávamos em um banheiro público a prova de golpes, com um vaso sanitário retrátil! Assim que o usuário abria a porta ele recolhia automaticamente o vaso para dentro da parede! E tive que gritar lá de dentro:

– Mary, coloca depressa aí € 1,20 que eu não estou mais aguentando!

E conta a lenda que os executivos japoneses (e depois, de outros países orientais) tiveram grandes problemas ao usar os vasos sanitários ocidentais, assim que a economia daquele país começou a gerar as multinacionais que hoje conhecemos. Como os japoneses estavam acostumados com algo semelhante às tais fossas turcas, o uso dos sanitários ocidentais era uma aventura. Afinal, você há de concordar que é difícil manter-se equilibrado de cócoras em cima de um vaso sanitário, não é mesmo?! Como nem sempre dava para manter o equilíbrio... desastres dos mais diversos aconteciam!!

Duvida? Então dê uma olhada nessas duas fotos que consegui na Internet, tiradas em banheiros da Austrália!


Está rindo? Pois saiba que teve muito executivo japonês que quebrou a perna ao escorregar e cair, enfiando-a no vaso!

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