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Só tenho uma queixa de Bilbao e ela não tem nada a ver com a cidade: o tempo permanentemente nublado.
Ao contrário da região de Castilla, sempre seca e de cor palha, o verde foi tomando conta da paisagem conforme fomos subindo para o norte.
Bilbao fica numa região cercada de montanhas e florestas. O verde predomina. Assim, melhor seria que tivéssemos dias de sol para que todo esse colorido pudesse se destacar.
Nada feito! São Pedro resolveu nos brindar com uma névoa densa onde o sol ficou de fora. Por outro lado, essa situação de cor cinza e de chuva não é estranha para a cidade. Em julho, foram 21 dias de chuva em Bilbao, me comentou um morador da cidade, que conhecemos.
A essa altura você já deve estar se perguntando que diabos significa “eskerrik asko”, não á mesmo?! Pois significa “muito obrigado” em “euskera”, a língua falada no país basco. É uma língua muito estranha e antiga, da qual não se conhecem as raízes. Não possui qualquer parentesco com todas as demais línguas faladas no continente europeu. Dê uma olhadinha na foto abaixo e tire as suas próprias conclusões. Não entendeu? Pois é, fora o Visa Gold, eu também não entendi patavinas!!!
Predominantemente industrial e o segundo maior pólo econômico do país, a economia de Bilbao tem sofrido com o fechamento de diversas indústrias que não conseguiram se adaptar a esses novos tempos de acirrada competição global.
Ao invés de buscar um protecionismo econômico paliativo, a cidade resolveu se reinventar, passando fortemente do setor industrial para o de serviços. O turismo é o setor que a cidade mais tem investido e o Museu Guggenheim é a jóia mais conhecida desse tesouro.
Criada pelo arquiteto americano Frank Gehry, tem a forma estilizada de um barco... ou de uma flor...ou de um peixe... bem, defina você mesmo, pois cada um vê no museu aquilo que lhe parece.
Todo feito em curvas, seu exterior é coberto por placas revestidas com 3mm de titânio, que lhe dará sempre essa aparência de um brilho fosco meio dourado. Apesar de cada placa ter apenas 3mm de titânio, existem 60 toneladas desse metal cobrindo o museu!
Do lado de fora três obras impressionam: uma pilha de esferas em aço inoxidável, ...
... um gigantesco cachorro coberto de flores ...
... e uma aranha enorme e monstruosa, como se fosse um ser vindo de outro planeta.
Mas não é apenas o Guggenheim que chama a atenção do visitante. As pontes que cruzam o rio Nervión são igualmente modernas e belíssimas.
Outra obra louquíssima é o Alhóndiga (o H é mudo!!). A prefeitura pegou um prédio velho e inservível, manteve a casca externa e criou, dentro, um incrível espaço dedicado às artes. Não dá para descrever! Só vendo ao vivo. Esses aí são os bancos onde os visitantes sentam.
Apenas a título de informação, cada coluna que sustenta o prédio foi entregue a um artista diferente que deu a ela o seu toque individual. Agora, imagine o efeito que umas 30 enormes colunas, cada qual diferente da outra, dá ao local?! Louco, MUINTCHO LOCO!!!
Contrastando com todo o lado moderno de Bilbao, existe o Casco Viejo, o bairro antigo, com casas e igrejas centenárias. Um contraste que marca!
Bem, só faltou o sol!!!
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