Se você nos pedisse para definir Salamanca em uma única palavra, ela seria ALEGRIA.
Muitas das minhas pesquisas para o planejamento da viagem foi no Wikipedia, que tem um site paralelo que é o Wikitravel, bem fraquinho, mas que até dá algumas informações interessantes. Pois o Wiki descreve a cidade como “A atual vida quotidiana de Salamanca centra-se na universidade, na alegria cosmopolita e poliglota dos seus visitantes e na Plaza Mayor. Esta praça, edificada entre 1729 e 1755, é o centro e o símbolo universal da cidade.”
Nada mais preciso! “Alegria cosmopolita e poliglota dos seus visitantes, na Plaza Mayor!”
Toda a vida de Salamanca converge para a Plaza Mayor, que vira uma enorme festa ao anoitecer. A foto abaixo foi tirada depois da meia noite e a praça fervilhava de vida!!
E duvido que a fuzarca tenha acabado antes das 3 da matina!
Monumentos históricos não faltam na cidade, mas dentre todos destaca-se a catedral, um dos 12 Tesouros da Espanha.
Em estilo gótico, ela é simplesmente ENORME, destaca-se na paisagem da cidade e encanta pela riqueza de detalhes, tanto externos como internos.
Em cima do altar, os frisos em flor-de-lis que adornam todas as demais abóbodas, são decorados com detalhes barrocos em azul e dourado. A altura da igreja é tamanha que só de binóculo dá para ver os anjinhos barrocos que fazem parte desses adornos.
Outro prédio interessante é a Casa de las Conchas, do século 16. Sua lateral externa é toda decorada com conchas de vieiras, símbolo da Ordem de Santiago.
Em Salamanca jantamos um belo chuletón. Meu estômago de avestruz sorriu de felicidade, mas o delicado sistema intestinal da Mary reagiu com protestos enérgicos.
No dia seguinte foi a vez de Segóvia. Se o sol dominava onipotente até então, choveu forte em nossa chegada à cidade. Como os protestos estomacais da Mary haviam se transformado em dores por todo o corpo, optei por aproveitar a chuva para que ela descansasse por um bom par de horas.
Mais para o fim da tarde fomos visitar o Alcázar, castelo real de construção iniciada no século 12 e concluída em 1455. É daqueles tradicionais castelos medievais, com fosso e porta levadiça.
De lá passamos pela catedral (depois da de Salamanca, chegamos a ter dó dessa coitadinha!) e pela Plaza Mayor. Bem, Plaza Mayor,não sei de onde tiraram, pois se fosse denominada Plaza MENOR seria mais apropriada.
Nosso passeio terminou no Aqueduto Romano.
É um dos 20 monumentos finalistas do concurso 12 Tesouros da Espanha. Eu substituiria fácil pelo Escorial!! É uma obra impressionante, com quase 1,5km de extensão e 30m de altura. Continuou servindo água a Segóvia até o final do século 19. Ah, antes que eu me esqueça, em nenhum momento foi usado cimento para construir o aqueduto!!!
Para finalizar o dia, jantamos no restaurante Duque, aberto desde 1895, onde desfrutei de um Conchinillo Asado. O conchinillo é um leitão de apenas 21 dias, temperado apenas com sal e água, assado no forno por duas horas e meia. É a especialidade gastronômica típica da região.
E enquanto eu desfrutava o delicioso conchinillo, a Mary lutava para colocar uma saladinha básica para dentro.
Mais para o fim do jantar eu ouvi umas trovoadas. Estava preocupado em voltar pro hotel debaixo de chuva, mas descobri com preocupação que os “trovões” vinham da Mary. Seja como for, era tempestade das brabas que vinha por aí!!
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