terça-feira, 30 de agosto de 2011

Portugal e Espanha - Sintra

Veja também os posts "Portugal e Espanha – Vale tanto quanto uma tripa!", “Portugal e Espanha – Tromba rija!" e “Portugal e Espanha – Mais parece novela da Globo!".

Chegamos a Sintra no fim da tarde e o dia estava simplesmente horroroso!

Nuvens fechadas, chove um tanto, para de chover, muito vento e temperatura despencando a ponto de eu colocar um agasalho pela primeira vez (e única!) na viagem. A Mary a essa altura, friorenta como vocês sabem, já tinha colocado uns dois.


Depois de um dia com tanta caminhada e tanto monumento bonito sendo visitado, você vai chegando a um certo ponto de saturação.

Quando fomos visitar o Castelo Nacional de Sintra, ingresso custava uns 12 euros para cada, alto para o que temos visto. Não era o suficiente; não aceitavam cartões e tinha que ser em dinheiro! Como já estava tarde e a visita seria apenas de uma hora, jogamos a toalha e demos um basta para o dia.


Optamos por passear pela cidade e ficar bagulhando pelas lojas de artesanato. Com meia hora de sobe morro e desce morro, vendo a mesmíssima quinquilharia da loja anterior, jogamos a segunda toalha.

O que queríamos mesmo era um jantarzinho romântico para fechar o dia. Nada feito!

Acho que os nossos santos protetores estavam mais cansados do que nós e já tinham batido em retirada, pois nunca fomos tão maltratados em restaurantes.

O primeiro restaurante era uma recomendação do Trip Advisor. Sob forte risco de chuva, quisemos sentar em uma área coberta para jantar. Fomos impedidos porque aquela área só abriria às sete e “ainda” mal passava das seis.

O restaurante vizinho estava absolutamente VAZIO, mas fomos impedidos de sentar lado-a-lado em uma mesa de quatro lugares. Argumentei que desocuparíamos a mesa MUITO antes do restaurante começar a encher e que queria namorar a minha esposa. Neca!

Para quem me conhece, sabe que minhas ventas já estavam pra lá de abertas, sinal que minha paciência já tinha ido pro espaço!

O garçom foi irredutível, mesmo quando falei que ele estava perdendo o cliente. Foi aí que veio o gerente e disse pro garçom: “deixe que ele se vá”!

Mary levou algum tempo para jogar água na fervura, até entrarmos no terceiro restaurante.

Com algum stress na escolha da mesa, prerrogativa do garçom, onde você não tem direito a pitaco, conseguimos finalmente jantar. A comida não era nenhuma brastemp, apesar de serem dois pratos típicos da culinária portuguesa: Bacalhau às natas e Bacalhau ao Brás.

Como realmente não era nosso dia, a “cereja do bolo” veio na hora de pagar. Mesmo com uma conta de 35 euros, eles não aceitavam cartões de crédito, apenas pagamento em dinheiro!!! Paguei bufando, o garçom ficou sem os 10% e esses restaurantes ainda receberão comentários meus nada recomendáveis dentro do Trip Advisor!

Nossos santos protetores só acordaram bem depois do meio dia e, com isso, a região amanheceu com um nevoeiro tão espesso que mal se via o que estava lá fora.

Como nossos dois passeios da parte da manhã seriam o Castelo dos Mouros e o Palácio Nacional de Pena, que ficam no alto de um morro e bem no meio desse espesso nevoeiro, visitar seria um puro desperdício.

Passamos a régua e seguimos para o Palácio de Queluz, onde nos esperavam nossos anjos protetores, felizes e recuperados da labuta do dia anterior. Nos esperavam com um sol maravilhoso e com a notícia de que a visita ao Palácio, naquela tarde, era gratuito!

Foi uma bela e grata surpresa! Como português não sabe fazer surpresa, a visita começa exatamente pelo salão mais lindo e exuberante do palácio, a sala do trono.


Foi um anti-climax, pois por mais belos que fossem os salões seguintes, como a sala de música,...


... os aposentos vermelhos da Princesa Dona Maria Francisca Benedita...


... e o quarto Dom Quixote, onde nasceu e morreu Dom Pedro IV (o nosso Dom Pedro I), ...


... nada superou a primeira visão que tivemos. Mais que isso, começamos a ver os tradicionais sinais de desleixo, ...



... culminando com um riacho de esgoto a céu aberto que corre ao lado da lanchonete, nos jardins do palácio.


Seja como for, valeu a pena o passeio. Lisboa, aí vamos nós!!

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