sábado, 17 de setembro de 2011

Portugal e Espanha - Pelos caminhos do Quixote!



A última segunda-feira de nossas férias chegou com a gente pedindo um barranco para encostar!

A estafa, física e mental, era tão grande que a gente não conseguia mais ouvir falar em catedral, igreja, castelo, plazas e similares. E se alguém convidasse a gente para subir um morrinho com mais de 10m de altura corria o sério risco de homicídio.

Também, depois de ter visitado La Alhambra, a Ciudad de las Artes y de las Ciencias e todo mais que vimos nessa viagem, você por acaso acha que alguma coisa conseguiria superar?

Foi com essa fantástica disposição, a mesmíssima disposição de uma ameba cansada, que fomos cumprir o nosso “compromisso” de visitar a parte mais antiga e tradicional de Valência.

Começamos pela Plaza del Ayuntamiento, coração da cidade e bem pertinho do nosso hotel.

Seguimos até o belíssimo Mercado Central, uma construção do ano de 1914, que combina o metal e vidro. No centro do edifício uma cúpula coroada por um catavento. Talvez por não ser Castelo, igreja, catedral, entre tantos outros etecéteras que já poluíam nossa já restrita capacidade mental, foi o prédio que mais gostamos de visitar.


Vizinha ao Mercado Central está a Lonja de Seda, edifício gótico construído entre 1482 e 1548. Mais adiante a Torre da Igreja de Santa Catalina.


Com tantas catedrais já visitadas, a Catedral de Valência nem fez cosquinha na gente. Por outro lado, Basílica de la Virgen de los Desamparados, com sua cúpula barroca e construída entre 1652 e 1666, nos pareceu bem mais bela.


Dali fomos até a Torre de Serranos cuja construção foi terminada em 1398. É um dos doze portões que guardavam as antigas muralhas da cidade de Valência.


Ainda íamos visitar as Torres de Quart, mas resolvemos passar a régua e pegar a estrada. Destino final desse dia era Toledo, mas seguiríamos a parte da rota percorrida por Don Quixote, na obra prima de Cervantes.

A primeira parada foi em Cuenca, quase na metade do caminho!

  
O monumento mais importante da cidade são as Casas Colgadas, uma série de habitações edificadas desde o século XV diretamente sobre um precipício, na foz do rio Huécar. Uma obra realmente impressionante!


Dali em diante seguimos a chamada Rota de Don Quixote. Nosso destino era a pequena cidade de Campo de Criptana, que no passado chegou a ter de trinta a quarenta moinhos, contra os quais lutou Don Quixote. 



Desses restam apenas dez, três dos quais são moinhos originais do século XVI. Ficam no alto do morro ao lado da pequena cidade. Duro mesmo é encontrar o caminho, no meio das pequenas ruelas, até o alto do morro.


No entanto, se Campo de Criptana é a cidade imortalizada por Cervantes, os antigos moinhos, tão representativos da região de La Mancha, podem ser encontrados por toda a região, no alto das colinas. Belmonte, cujo moinho aparece nas fotos abaixo, e Consuegra, são outros lugares de destaque.


Ver esses moinhos me fez voltar no tempo e lembrar as loucas estórias de Don Quixote lidas na juventude.


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