terça-feira, 13 de setembro de 2011

Portugal e Espanha - Recuerdos de La Alhambra



Sim, é claro que estou escrevendo esse post ao som de “Recuerdos de La Alhambra”, belíssima composição de Francisco Tárrega. Ao violão, Andrés Segóvia, um dos maiores violonistas espanhóis, falecido em 1987. Se não conhece, baixe pela Internet. Vale a pena e tenho certeza de que vai gostar!

Granada era uma das cidades mais esperadas de nossa viagem. E por quê? Exatamente por causa de La Alhambra e de seu Generalife.


Foi de Granada que o general cartaginês Aníbal saiu com seus elefantes em sua guerra contra Roma. Derrotada e arrasada Cartago, Granada passou a ser ocupada pelos romanos. Mas foi sob o domínio muçulmano que Granada teve o seu esplendor.

Com a criação do Reino de Granada em 1013, foi amuralhado o antigo bairro do Albaicín e iniciou-se a construção da cidade palaciana de La Alhambra. La Alhambra foi recebendo ampliações e melhorias até a reconquista da região pelos reis católicos de Castela em 1492.

Apesar do prolongado cerco espanhol, a cidade não caiu devido a combates, mas por causa de um acordo entre os dois lados em conflito, onde foi comprometido o respeito à cultura, à fé religiosa e à justiça islâmica dos cidadãos granadinos.

Como era de se esperar, no país da Inquisição e de Torquemada, seu inquisidor mais notório, esse respeito não foi muito duradouro. Em pouco tempo iniciaram-se as conversões forçadas, o confiscamento de bens, a queima de livros e a reclusão dos mouros restantes em um gueto.

Demos uma geral na cidade! Passamos pela catedral, ...


... Albaicín...



...e como ainda não tínhamos subido nenhum morro nessa viagem (affff), lá fomos nós arrastando nossas cansadas pernas até a entrada da Alhambra. Lá descobrimos que os bilhetes são vendidos para visitas para a parte da manhã (terminando às 14:00), para o período da tarde (das 14 às 18:00) e para o noturno.

Como chegamos lá em cima lá pela uma da tarde, compramos os bilhetes, fizemos um merecido pit-stop em “los aseos” e aproveitamos para comer alguma coisa.

Uma vez que a visita aos palácios nazaríes tinha hora marcada, começamos nossa visita pelo Generalife, palácio de recreio e descanso dos reis muçulmanos.


O Generalife tem uma estrutura bem simples e se destaca pelos jardins e fontes, uma benção para o forte calor da região.


È de uma beleza indescritível! 


Seu nome deriva de “Yannat al Arif”, que pode ser definido como “o jardim do paraíso elevado”!


Zanzamos por diversas partes da Alhambra, aguardando a hora da visita aos palácios nazaríes. Não vimos nada de extraordinário, mas não podíamos imaginar o que nos aguardava. Nada do que vimos na Espanha até aquele momento superou a beleza desses palácios.


Como nos disse um dos guias oficiais do palácio, não existe um palácio árabe semelhante em toda a Europa e talvez existam mais uns dois ou três em países árabes.

Não vou falar nada. Vou deixar que você mesmo possa deslumbrar-se com as fotos abaixo.











Agora me conte, La Alhambra é ou não é maravilhosa?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário